O velório do futebolista Diogo Jota e do irmão André Silva decorre esta sexta-feira, em Gondomar. O funeral realiza-se no sábado, às 10h00, perante um país e uma comunidade desportiva devastados pela perda
O mundo do futebol e milhares de fãs estão em luto profundo com a morte trágica de Diogo Jota, de 28 anos, e do seu irmão André Silva, de 25, vítimas de um violento acidente de viação em Espanha, na madrugada da passada quinta-feira. A tragédia, que ocorreu na A52, em Cernadilla (Zamora), deixou o país em choque e mergulhou o desporto nacional num dos seus momentos mais sombrios. Esta sexta-feira, a partir das 16h00, começa o velório dos dois jovens, na Capela da Ressurreição, em Gondomar. O funeral será no sábado, às 10h00, na Igreja Matriz local.
As circunstâncias do acidente continuam sob investigação, mas as autoridades espanholas apontam como provável causa o rebentamento de um pneu. A viatura foi consumida pelas chamas após o despiste, e há também suspeitas de possível excesso de velocidade, numa estrada frequentemente criticada pelas más condições do piso. A Guarda Civil espanhola ainda não descartou outras hipóteses, mas tudo indica que foi uma conjugação de fatores que levou à perda irreparável de duas vidas.
A dor torna-se ainda maior ao lembrar que Diogo Jota vivia um dos momentos mais felizes da sua vida. Recém-casado com Rute, companheira de longa data e mãe dos seus três filhos — o mais novo com apenas sete meses —, o jogador celebrava conquistas pessoais e profissionais. Poucas semanas antes, tinha vencido a sua segunda Liga das Nações com a Seleção Nacional e, meses antes, conquistado a Premier League ao serviço do Liverpool.
Diogo Jota era reconhecido não apenas como um talento excecional nos relvados, com passagens pelo Paços de Ferreira, FC Porto, Wolverhampton e Liverpool, mas também como uma figura humilde e dedicada fora deles. O irmão, André Silva, embora longe da ribalta mediática, era uma presença constante e apoio firme na vida do jogador. O vínculo familiar entre ambos tornou a perda ainda mais dolorosa para todos os que os conheciam.
Esta sexta-feira inicia-se o doloroso processo de despedida, com a chegada dos corpos a Gondomar e o velório aberto à família, amigos e admiradores. No sábado, o país presta a sua última homenagem, num adeus que se adivinha devastador. Gondomar, o futebol português e toda uma nação despedem-se de dois jovens cuja ausência deixará um vazio difícil de preencher — dentro e fora dos relvados.
A notícia tem mobilizado diversas reações de personalidades e fãs, que prestam homenagem e lamentam a trágica partida de Diogo Jota e André Silva, cuja vida foi interrompida numa viagem que deveria ser apenas mais uma deslocação entre Espanha e Portugal.