Equipa de Gianetti e Matxin encerra 2025 com 95 vitórias, melhor marca de sempre. Pogacar lidera época histórica e estrutura afina plano para Tour e Mundial.
Recorde que redefine o padrão competitivo
O UAE Team Emirates terminou 2025 com 95 triunfos, novo máximo para uma equipa profissional. O registo supera as 85 vitórias do Columbia-HTC em 2009 e confirma uma temporada de domínio em todas as frentes.
A direção técnica destacou que o impacto não está apenas na quantidade. O modelo assenta num bloco amplo, com papéis claros, capaz de vencer em diferentes terrenos e calendários.
Pogacar no centro da era dourada
Tadej Pogacar foi o epicentro do ano. Conquistou o Tour de França com quatro etapas, venceu o Mundial de estrada e o Europeu. Arrecadou três Monumentos, Flandres, Liège e Lombardia, além de Strade Bianche, Flèche Wallonne, Critérium du Dauphiné, UAE Tour e Tre Valli Varesine.
Somou ainda pódios em Roubaix, Amstel e Sanremo. Ficou fora do pódio apenas em duas provas, registo que sustenta cinco anos seguidos como referência do pelotão.
Profundidade do plantel como vantagem estrutural
A hegemonia foi coral. Isaac del Toro confirmou estatuto com 18 vitórias. João Almeida somou 10. Juan Ayuso contribuiu com 8. Brandon McNulty fechou com 6. Jay Vine alcançou 5. Jhonatan Narváez e Ivo Oliveira venceram 4 cada. Vinte corredores ergueram os braços pelo menos uma vez.
A gestão interna combinou espaço de liderança e protocolos de trabalho para gregários de luxo como Majka, Soler e Vine, garantindo coerência tática ao longo do ano.
Gestão de egos e processo competitivo
A convivência entre líderes e jovens exigiu clareza de funções. A estrutura reforça a ideia de compromisso e palavra dada. Casos como a saída anunciada de Ayuso para 2026 foram tratados com serenidade, preservando o ambiente interno e a performance coletiva.
O quadro internacional de 2025
O domínio refletiu-se no mapa anual de vitórias por equipas. O UAE terminou com 95. Soudal Quick-Step fechou com 54. Lidl-Trek com 46. Visma | Lease a Bike chegou às 40. XDS Astana somou 32. INEOS 28. Decathlon AG2R 26. Red Bull–Bora Hansgrohe 23.
Estilo que devolve risco e espetáculo
O ciclismo ofensivo de Pogacar, com ataques de longe e decisões ousadas, voltou a mobilizar adeptos e patrocinadores. A combinação de alegria competitiva e agressividade controlada tornou cada corrida num acontecimento.
2026, continuidade com ambição
O plano de referência aponta a Pogacar para Tour e Mundial. A estrutura admite ajustar calendários se fizer sentido desportivo, mantendo a prioridade na evolução do modelo e na gestão de cargas.
Isaac del Toro surge como nome em ascensão para ampliar opções táticas em grandes voltas e clássicas. A ideia é surpreender adversários que já estudam os padrões do UAE.
O que fica da época de 2025
O UAE assinou uma sinfonia de consistência. Talento individual, engenharia tática e profundidade do plantel produziram um recorde histórico. O desafio agora passa por manter a paixão, evitar conformismos e elevar o nível em 2026.







