Declarações do presidente azul e branco à margem da visita de dois dias a Luanda
Vítor Bruno: “Nós escolhemos um treinador para encarar este projeto desportivo, temos uma fé absoluta nele, evidentemente vimos de um resultado muito negativo com uma exibição que não ficou à altura do FC Porto, mas que os jogadores sabem perfeitamente as nossas responsabilidades, tenho a certeza que irão corresponder à altura do seu nível, têm potencial para dar muito mais e vamos continuar a apoiar o treinador porque assim o merece.”
Presidência do FC Porto: “Foi apenas o arranque, passaram-se sete ou oito meses deste arranque de presidência, tem sido bastante entusiasmante e desafiante, a corresponder às expectativas. O mais importante é estar à altura dos sócios, dos seus desejos, a nível de clube, de sociedade desportiva, a nível eclético e é para isso que trabalhamos todos os dias. Portanto, nesta fase estou muito orgulhoso, é o arranque deste mandato, evidentemente este é um clube de futebol que vive de títulos, assim foi criado, assim tem o seu slogan, também a vencer desde 1893, fomos educados dessa forma e queremos sempre corresponder às expectativas dos sócios e estamos a criar todas as bases necessárias para que isso aconteça com a maior regularidade possível.”
Visita a Angola: “Para mim, enquanto presidente, é a primeira visita institucional a uma Casa do FC Porto fora de Portugal. Primeira visita também a Angola, que me dá muitas boas sensações, pelo calor afetivo das pessoas, pela forma como fui recebido, o entusiasmo, a alegria que tenho sentido nesta visita, não só à Casa do FC Porto de Luanda, mas também à instituição que apoia e à missão que apoia das Franciscanas de São José. Para já está a ser uma manhã em cheio, uma tarde em cheio. Muito bem recebido por este povo angolano e espero, sinceramente, enquanto presidente do FC Porto, poder dinamizar ainda mais esta relação com o povo angolano e com os portistas de Angola.”
Visita social: “Cabe-nos, desde já, e esperando que a nossa Fundação FC Porto seja aprovada em sede da Assembleia Geral no sábado, dia 23, cabe-nos também uma responsabilidade de apoiar estas causas que as Casas do FC Porto apoiam. Não só esta, em Luanda, mas outras Casas que têm vindo a fazer um trabalho fundamental a nível social. O FC Porto tem que se associar a elas através da sua Fundação. Pelo que estamos muito esperançosos de conseguir a aprovação dos sócios no sábado para a instituição da mesma e para que possamos contribuir para a alegria das crianças. Foi, sem dúvida, sorrisos contagiantes que vi, fui recebido de braços abertos e coração cheio e vou trazer boas memórias desta visita.”
Domingos Andrade, internacional angolano: “Sim, esta foi uma última e recente chamada. Evidentemente, tínhamos o David Carmo até há bem pouco tempo e agora chegou a altura do Domingos, o que muito nos orgulha também. Esta é outra das razões também da minha visita e de uma conversa informal que eu terei a oportunidade de ter com o Ministro da Juventude e dos Desportos relativamente à criação de novas sinergias, das quais principalmente uma escola Dragon Force em Angola, que esperamos desenvolver neste meu primeiro mandato e o mais breve possível. Portanto, temos o interesse também de alguns investidores e parceiros do FC Porto para a criação das mesmas. Angola já deu muito ao FC Porto, deu grandes jogadores ao FC Porto e espero que assim seja também no futuro. O mais recente é o Domingos Andrade, mas estamos confiantes que com o talento disponível, com a média de idades da vossa população, com todo o portismo que se vive aqui, que sejamos capazes de trazer ainda mais talento ao FC Porto, que nos traga alegrias a nível de resultado desportivo, mas também ao vosso povo seguramente.”
Dragon Force em Angola: “Vamos ver, nós estamos muito interessados na criação, como parceiros e investidores, na criação dessa mesma escola e é importante é dinamizar agora essas sinergias. Portanto, num espaço temporal difícil de implementar, mas diria que um ano, dois anos é completamente possível. Escolher também o local indicado, que valorize não só as pessoas, as crianças, mas também a marca FC Porto, dá-me muito orgulho ser um presidente que regressa de novo enquanto presidente do FC Porto a este país. Eu, num grupo de WhatsApp, que partilho com amigos meus, amigos do FC Porto, historiadores do FC Porto, lembraram-me e bem a caravana da saudade, que passou aqui há 75 anos, com o presidente Cesar Bonito a liderar uma comitiva que veio de barco desde o Porto até Luanda, numa travessia que demorou um mês e que veio aqui disputar 10 jogos amigáveis contra os clubes angolanos. E saíram, seguramente como eu vou sair, de coração cheio, cheios de emoções e deste vosso calor com que nos recebem e alegria contagiante com que nos recebem. Portanto, a presença de presidentes do FC Porto em Angola tem sido recorrente, se calhar não tão frequente como deve ser e é através da criação destas sinergias que é importante que eu esteja mais vezes aqui, mais próximo deste vosso povo angolano, que vive o FC Porto e que bem o sabe representar, principalmente quando estão longe e o vivem com tanta emoção.”
Ir à Academia de Futebol de Angola: “Não venho com o objetivo de roubar talentos, claro está que seria bom para o desenvolvimento das crianças, as crianças têm que ter o apoio necessário familiar, desportivo, social para o seu desenvolvimento humano e depois, claro está, como desportistas. Não posso negar que vou deitar um olho, se aparecer algum jogador que se evidencie será referenciado também ao nosso scouting para fazer o devido acompanhamento. Penso que assim é que é a nossa forma de estar, há muito bom talento que às vezes se desperdiça por não estar no sítio certo, na altura certa e pode ser que as crianças, amanhã, com o entusiasmo da minha visita, se transcendam também e que isso lhes dê uma oportunidade de vida que às vezes surge nestes imprevistos.”
Equipa principal em Angola: “Eu acho que o FC Porto seguramente terá uma obrigação de visitar. É claro está que as pré-épocas dos clubes de futebol e as épocas desportivas, o calendário e o sobrecarregar da quantidade de jogos torna muito difícil criar mais competição ou mais jogos amigáveis, no entanto vamos primeiro acreditar nestas sinergias criadas no futebol juvenil, nas minhas presenças institucionais para lançar de novo as bases destas novas parcerias e depois, eventualmente, espero eu, poder corresponder com a elevação necessária desta receção do vosso povo, com a presença de uma equipa sénior de novo em Luanda ou em Angola. Penso que a última corresponde a 1997, se não me engano, e também estará na altura de vir aqui trazer mais carinho, nesta fase diria que era dinamizar toda esta nova relação. Há uma população jovem que o FC Porto tem que abraçar e tem que potenciar, tudo isto faz parte também do nosso planeamento estratégico, em colocar-nos mais próximos das pessoas, principalmente aquelas que estão mais longe e nesse sentido cabe-nos essa responsabilidade.”