Presidente do FC Porto revela contactos do Al Ittihad e garante que o clube recusou vender abaixo dos 115 milhões de euros
André Villas-Boas revelou esta quinta-feira que o FC Porto recebeu propostas milionárias pelo jovem Rodrigo Mora durante o último mercado de transferências, incluindo uma oferta formal do Al Ittihad, da Arábia Saudita. O presidente dos dragões foi um dos oradores do Portugal Football Summit, onde abordou o tema das transferências e deixou críticas à forma como o clube saudita conduziu o processo.
“Segurar o Rodrigo Mora foi um desafio. Tivemos uma proposta de 50 milhões de euros, prometeram 63 milhões e nunca apareceram. Nunca venderíamos abaixo dos 115 milhões, aceitaríamos conversar por 70”, revelou Villas-Boas.
O dirigente do FC Porto confirmou que o Al Ittihad foi o clube interessado, mas lamentou o comportamento da direção saudita.
“A proposta não apareceu, o clube desapareceu. Está habituado a brincar com o FC Porto. Esperemos que, com um portista como o Sérgio Conceição, as relações melhorem”, ironizou o líder azul e branco, numa alusão à recente contratação do técnico português pelo Al Ittihad.
Rodrigo Mora é visto como uma joia da formação portista
Rodrigo Mora, de apenas 18 anos, tem sido uma das maiores promessas do FC Porto, integrando o plantel principal e destacando-se pelas exibições no ataque. O jovem extremo já despertou o interesse de clubes europeus e árabes, mas Villas-Boas deixou claro que o FC Porto não pretende vender abaixo do valor da cláusula de rescisão.
O presidente portista reforçou ainda a importância de proteger os talentos da formação.
“Mexer com a cabeça do miúdo não é moral. Estes contactos diretos são uma forma de desrespeitar o FC Porto e o próprio jogador”, frisou.
O Al Ittihad, agora orientado por Sérgio Conceição, tem estado no centro das atenções do futebol português. Além do interesse em Rodrigo Mora, o clube saudita chegou a abordar outros elementos ligados ao FC Porto, o que agravou a tensão entre as duas direções.
Com a transferência falhada, Rodrigo Mora permanece no Dragão e é visto internamente como uma peça central no projeto de futuro.










