“Queria ficar no meu clube, o FC Porto, para ter um impacto maior.”
Fábio Silva, antigo jogador do FC Porto, concedeu uma entrevista ao jornal espanhol ‘Relevo’, onde falou da sua carreira e da sua saída contrariada do FC Porto.
Saída do FC Porto para o Wolverhampton, em 2020: “Sabia que não era a altura certa. Não era minha intenção ir para o Wolverhampton nessa altura, queria ficar mais um ou dois anos no FC Porto. Fui quase forçado. Disseram-me que se não fosse, me obrigariam a jogar na equipa de reservas, que se não fosse não ajudaria o clube, porque não tinham dinheiro… Não tinha saída. Não havia saída. Tinha 18 anos e tinha terminado a minha primeira época completa, mas não a joguei toda, apenas 15-20 minutos por jogo. Queria ficar no meu clube, o FC Porto, para ter um impacto maior. Tive outros interessados, mas tudo apontava para que eu assinasse pelo Wolves. Havia mais gente envolvida nessa transferência. Eles investiram mais dinheiro, mas no futebol acontecem coisas nos bastidores que não controlamos. Foi melhor para todos do que para mim.”
Quer sair do Wolverhampton: “Não é segredo para ninguém que não quero ficar no Wolverhampton. Ambos concordamos, agora temos de tentar encontrar a melhor situação para ambos sermos felizes.”
Vários empréstimos, o último ao Rangers: “Não é bom estar sempre a mudar de país. O Rangers tornou-me mais completo, joguei numa posição diferente (como extremo esquerdo), marquei golos, senti-me bem…. Antes só jogava como nove, agora posso jogar em todas as posições ofensivas.”
Crescimento: “Aprendi a gerir melhor as minhas emoções. Quando tinha 18 anos, saía de um jogo e queria ver o que as pessoas estavam a dizer sobre mim nas redes sociais. Agora sei quando faço as coisas bem ou mal, sei ser autocrítico.”
Seguir a carreira em Espanha: “Já disse ao meu agente: quero jogar em Espanha. Estou a dizer a verdade, é o destino que eu gostaria de ter. Gosto da cultura, do país, do futebol da Liga …. Penso que o meu estilo se enquadra muito bem no estilo espanhol.”
Fala bem espanhol: “Os meus melhores amigos no FC Porto foram Marchesín, Uribe, Luis Díaz…. A língua mantém-se melhor. Gosto de beber mate, às vezes digo ‘boludo’. O meu cantor preferido é Anuel AA, vejo filmes em espanhol. Às vezes acho que sou mais espanhol do que português.”
Cristiano Ronaldo é o ídolo: “Não há comparação. Gosto de futebol em parte por causa dele. Bateu tantos recordes e continua a ter fome de fazer melhor. O Cristiano é incrível, admiro-o muito.”
Recorde-se que o jogador foi para o Wolverhampton, no verão de 2020, a troco de 40 milhões de euros.