Mário Silva foi treinador do FC Porto entre 2001-2004.
Mário Silva, antigo treinador do FC Porto, participou no VI Fórum da Quarentena da Bola, onde prestou algumas declarações aos jornalistas sobre a atualidade dos Dragões, comentando também o caso entre Vítor Bruno e Sérgio Conceição.
“Novo presidente? É assim, a vida é feita de ciclos, não é? O futebol também é feito de ciclos. Não podemos nunca esquecer as pessoas que estiveram na liderança do clube até agora, aquilo que, em termos desportivos, deram ao clube e ao futebol português também. Acho que é um clube que, ao longo destes anos todos em que teve como presidente Pinto da Costa, cresceu imenso, tornou-se um grande clube a nível mundial. Agora, com esta nova administração, novo presidente, que seja o continuar de um sucesso, que possam, dentro daquilo que forem as ideias que têm para o clube, fazer com que o clube continue a ganhar, continue a ter sucesso, que a formação continue a ser valorizada, porque acho que é importante nós, enquanto treinadores, apostarmos em jovens valores. Que tenha muito sucesso e que faça com que o clube seja cada vez maior”, começou por afirmar o treinador.
“Muitas das vezes é difícil conseguir fixar uma equipa técnica connosco, porque todos temos vida, todos temos diferentes condições de vida, e eu relativamente àquilo que são os meus adjuntos e as pessoas que trabalham comigo, o que eu peço é, enquanto trabalham comigo, que sejam fiéis, que trabalhem e que deem o máximo, numa exigência grande. Porque é aquilo que eu também sou enquanto profissional. A partir do momento em que existem caminhos diferentes que possam surgir, a única coisa que nós, enquanto treinadores e seres humanos, pedimos é que haja sinceridade e honestidade. De minha parte, ao longo deste tempo fui perdendo um ou outro elemento de equipa técnica, porque tiveram outros convites, porque, ao mesmo tempo, tiveram que seguir diferentes caminhos de vida, e eu não posso prender ninguém a mim. Eu, por exemplo, comecei como adjunto no Futebol Clube do Porto, mas eu sempre tive como objetivo ser treinador principal, nunca escondi isso. Mas enquanto fui adjunto, foi só uma época, dei tudo para que o meu treinador, na altura, conseguisse ser melhor”, prosseguiu.
Sobre o futuro, Mário Silva assume que não tem nada fechado, mas pisca o olho a uma experiência fora de portas. “Estou aberto a tudo. Eu gostava muito de experienciar novos contextos fora. Gostava. Há uitos contextos por esse mundo fora que nos podem enriquecer enquanto treinadores. Às vezes as pessoas falam que Portugal, Portugal… Eu vejo grandes ligas que, como é lógico, toda a gente ambiciona, mas existem outras ligas que não são tão grandes e que nos podem enriquecer muito enquanto treinadores. Estávamos a falar ainda agora aqui do Abel, por exemplo, e o Abel, numa liga que na altura, se calhar, nós não valorizávamos como valorizámos hoje, teve um sucesso incrível e catapultou, por exemplo, vários treinadores para aquele mercado. Por isso acho que é importante, muitas das vezes, isso acontecer. E gostava que me acontecesse. Gostava no futuro de abraçar desafios fora e poder, com o meu trabalho e com a sorte que também é preciso ter, abrir portas para outros colegas”, concluiu.