Ataque possante garante vitória na Flèche Wallonne

Stephen Williams

Stephen Williams

João Almeida abandona a prova devido às devido às condições meteorológicas adversas

A Flèche Wallonne de 2024, contava com 198,6km de extensão, a ligar Charleroi e Huy e uma ponta final no Mur de Huy que é sempre o ex-líbris desta competição com 12% inclinação.

Foi uma edição da Fleche Wallonne invulgar, assolada pelo frio e pela chuva aumentando a imprevisibilidade dos resultados e transformando-a numa das mais desafiadoras e seletivas das últimas clássicas, apesar do percurso aparentemente mais acessível. Uma fuga inicial, liderada por Lilian Calmejane (Intermarché-Wanty), Alan Jousseaume (Total Energies), James Whelan (Q36,5), Txomin Juaristi (Euskaltel – Euskadi), Igor Czhzan e Johan Meens (Bingoal WB), tentou ganhar terreno, mas sem sucesso. As equipas menos cotadas buscavam visibilidade, mas o pelotão estava nervoso, esticando-se a cada curva devido à chuva e à luta pelo posicionamento, com as equipes Lidl-Trek e Ineos ditando o ritmo e condenando a escapada.

Na segunda subida do Mur de Huy, as surpresas começaram a surgir. Mattias Skjelmose (Lidl-Trek), um dos favoritos, teve problemas mecânicos e acabou por abandonar, juntamente com três colegas de equipe. Outros nomes de destaque como Bilbao (Bahrain-Victorious), Teuns (Israel – Premier Tech), Pidcock (Ineos) e Hirschi (UAE Emirates) também enfrentaram dificuldades. Foi nesse momento que Soren Kragh Andersen (Alpecin-Deceuninck) partiu para a frente, seguido por Markus Hoelgaard (Uno-X Mibility), mas sem sucesso. Com cerca de 30 ciclistas no pelotão principal, um número incomum para esta fase da corrida, e ainda faltando mais de 50 km para o final, a Uno-X era uma das equipes mais representadas.

O dinamarquês da Alpecin continuava a liderar com mais de um minuto de vantagem na penúltima subida do Mur de Huy. Foi então que Stephen Williams (Israel – Premier Tech) atacou, acompanhado por Maxim van Gils (Lotto Dstny), Richard Carapaz (EF Education), Santiago Buitrago (Bahrain-Victorious) e Kevin Vauquelin (Arkéa). Este grupo foi alcançado pela equipe norueguesa da Uno-X, que tinha cinco ciclistas, enquanto a Decathlon-Ag2r tinha quatro e a Visma três, com Tiesj Benoot (Visma) como aposta principal. A subida do Cote d’Ereffe apenas serviu para alcançar Soren Kragh Andersen, concentrando-se então na decisiva ascensão do Mur de Huy.

A subida final foi feita sem grandes ataques, com uma seleção natural acontecendo nas íngremes rampas. Stephen Williams foi o primeiro a arrancar a 250 metros da meta, abrindo uma grande distância para os seus perseguidores. O britânico ainda olhou para trás, mas conseguiu resistir à reação dos rivais, cruzando a linha de chegada com uma vantagem apertada sobre Kevin Vauquelin e Maxim van Gils, completando um pódio surpreendente. Benoit Cosnefroy (Decathlon AG2R) e Santiago Buitrago terminaram em quarto e quinto lugar, por esta ordem.

Já o ciclista português João Almeida (UAE Emirates) foi forçado a desistir da corrida devido às adversidades meteorológicas, juntando-se a uma lista de 44 ciclistas que conseguiram concluir a prova.

Exit mobile version