Águias vencem leões por 3-1
O Benfica está muito perto de inscrever o seu nome na história do voleibol português. As águias voltaram a vencer o Sporting, desta vez no Pavilhão João Rocha, no segundo encontro da final do campeonato, ficando apenas a um triunfo de conquistar o heptacampeonato – o primeiro da história do clube e o terceiro alcançado em Portugal, após os feitos do Técnico (1947-1953) e do Sp. Espinho (1994-2000).
Tal como no primeiro jogo, os encarnados triunfaram por 3-1, sem nunca se verem em desvantagem. Entraram melhor (25-21), cederam no segundo parcial (15-25), mas reagiram com determinação para fechar o encontro (25-20 e 29-27), num quarto set de grande emoção.
A equipa comandada por Marcel Matz entrou determinada e liderou a maioria do primeiro set com vantagens de dois a três pontos. Apesar da recuperação do Sporting, que anulou uma diferença de 5-9 para 9-9, e do empate a 18-18, os encarnados foram mais fortes na reta final, fechando o set com três pontos consecutivos, 25-21.
Ainda com o jogo equilibrado, uma nota para a saída de Licek, jogador titular dos leões, que teve de abandonar o jogo devido a problemas físicos, dirigindo-se de imediato aos balneários. A partir desse momento, a formação orientada por João Coelho mostrou sinais de quebra, permitindo ao Benfica assumir o controlo das operações.
No segundo set, a reação leonina foi avassaladora. O Sporting entrou determinado e rapidamente construiu uma vantagem confortável de sete pontos (10-3). Apesar de uma ligeira aproximação do Benfica, a equipa de João Coelho manteve o controlo e empatou o encontro com um expressivo 25-15, a maior diferença de todo o jogo.
Com o marcador empatado, o Benfica voltou a elevar o seu nível no terceiro set. A partida manteve-se equilibrada até ao 14-14, altura em que os encarnados conseguiram três pontos consecutivos, descolando para 17-14. A vantagem aumentou para cinco pontos (20-15) e o set acabou por sorrir às águias, por 25-20, num final em que o Sporting demonstrou muitas dificuldades, simbolizadas pelo serviço falhado de Tiago Pereira.
No quarto e último set, o equilíbrio foi a nota dominante, mas o Benfica mostrou mais frieza nos momentos decisivos, fechando o parcial em 29-27 e o encontro em 3-1, ficando assim a apenas um triunfo de garantir o tão desejado heptacampeonato.
Edson Valencia foi, sem margem para dúvidas, o elemento em maior destaque entre os leões, e provavelmente o melhor em campo. O central somou o maior número de pontos para a sua equipa, mas os seus esforços revelaram-se insuficientes para travar o desaire verde e branco. No início do quarto set, Valencia protagonizou um momento infeliz: ao tentar salvar um ponto, lesionou-se num braço e acabou por destruir o banco de suplentes. Ainda assim, demonstrou garra e permaneceu em jogo.
No desenrolar do quarto set, tudo indicava que o Benfica iria encerrar o encontro de forma tranquila, depois de conquistar uma vantagem confortável de cinco pontos (14-9). Contudo, o Sporting respondeu à altura. Os leões conseguiram igualar a partida a 19-19 e chegaram mesmo à frente, com 21-20 no marcador. No entanto, o final foi impróprio para cardíacos: o Benfica dispôs de cinco oportunidades para fechar o jogo, enquanto o Sporting não teve qualquer match point. No derradeiro ponto, João Coelho ainda solicitou o Challenge, mas a decisão inicial foi confirmada. Marcel Matz e os seus jogadores festejaram efusivamente em pleno Pavilhão João Rocha.