Derrota do Sporting frente ao Santa Clara, abriu caminho para que os encarnados possam encerrar 2024 na liderança
A vitória do Benfica em Arouca, combinada com a surpreendente derrota do Sporting frente ao Santa Clara, abriu caminho para que os encarnados possam encerrar 2024 na liderança do campeonato. Este objetivo tornou-se prioritário para as águias, que agora dependem exclusivamente dos seus próprios resultados após os acontecimentos do último fim de semana. Na Luz, esta meta já era uma convicção antes mesmo de se saber do deslize leonino, mas os recentes desenvolvimentos reforçaram ainda mais essa ambição.
Bruno Lage, técnico do Benfica, após o triunfo europeu sobre o Mónaco, já apontava para metas mais ambiciosas no campeonato. “Não podemos estar satisfeitos, porque a nossa ambição tem de ser mais. Por isso tenho dito que o nosso objetivo em termos de campeonato, até ao final do ano, é chegar ao segundo lugar e reduzir distâncias para o primeiro”, disse o técnicos das águias. antes do embate da 12.ª jornada.
Atualmente no terceiro lugar, o Benfica soma menos um jogo que o Sporting e o FC Porto, estando a cinco e dois pontos de distância, respetivamente. O calendário até ao final do ano inclui desafios decisivos: o jogo em atraso com o Nacional, na Madeira, agendado para 19 de dezembro, que será retomado aos 82 minutos após ter sido interrompido pelo nevoeiro a 6 de outubro. Antes disso, os encarnados enfrentam o V. Guimarães, em casa, no próximo sábado, seguidos por confrontos com o Aves SAD (fora), o Estoril (em casa) e o Sporting (fora).
Sob o comando de Bruno Lage, o Benfica soma sete vitórias consecutivas no campeonato — frente a Santa Clara (4-1), Boavista (3-0), Gil Vicente (5-1), Rio Ave (5-0), Farense (2-1), FC Porto (4-1) e Arouca (2-0). Além disso, o técnico encontrou um onze base consistente, ainda que continue a explorar diferentes jogadores e sistemas táticos conforme as necessidades.
No entanto, os encarnados registaram dois desaires na Liga dos Campeões, frente ao Feyenoord (1-3) e ao Bayern (0-1). Estes resultados foram alvo de análises internas, que apontaram para fatores condicionantes. A derrota com os neerlandeses surgiu após uma pausa para as seleções, com o jogo da Taça de Portugal frente ao Pevidém a comprometer a preparação ideal. Já o jogo contra o Bayern revelou uma estratégia que não funcionou como esperado, apesar de os jogadores reconhecerem que os alemães estavam longe do seu melhor.
Lage optou por poupar jogadores-chave como Di María, Pavlidis e Florentino no embate com o Bayern, o que acabou por beneficiar a equipa no clássico contra o FC Porto, vencido de forma categórica.
O grupo, desde os jogadores à equipa técnica e estrutura de futebol, está alinhado num objetivo comum: alcançar a liderança até ao final do ano. Acredita-se que o pior já ficou para trás e o ambiente é de otimismo, com todos focados em terminar o ano no topo da tabela, um feito que poderá ter um impacto determinante para o restante da temporada.
À espera da escorregadela dos rivais
Apesar de ninguém admitir abertamente, é evidente que tanto o Sporting como o FC Porto enfrentam momentos delicados nos últimos jogos. Os leões atravessam a fase mais complicada da época, marcada por uma quebra de rendimento e pela imprevisibilidade gerada pela recente troca de treinador. Já os dragões também tiveram um período menos positivo, que não passou despercebido dentro do plantel.
Ainda assim, os jogadores de ambas as equipas estão conscientes de que o sucesso depende exclusivamente do seu esforço e determinação. Contar com tropeços dos adversários de pouco adianta se não mantiverem a concentração máxima e o compromisso com a vitória. Por isso, o foco continua a ser no trabalho dentro de campo, sem desviar a atenção para o que se passa à sua volta.