Na antevisão da 4.ª jornada da Liga dos Campeões, o treinador do Benfica assumiu o peso do jogo, elogiou o adversário e reforçou a importância do público. Deixou ainda prudência sobre o caso Veríssimo e garantiu confiança total no plantel.
Jogo com peso europeu
José Mourinho projetou o Benfica vs Bayer Leverkusen como um momento-chave na campanha europeia das águias. “Se ganharmos, ficamos totalmente dentro da corrida pela qualificação. Se perdermos, a situação torna-se difícil e exige uma segunda fase perfeita”, afirmou, lembrando impacto desportivo, financeiro e de prestígio.
Bancadas chamadas a “jogar”
O técnico sublinhou a força do ambiente no Estádio da Luz. “Um estádio pode estar cheio de gente que quer ver o jogo ou de gente que quer jogar o jogo. Se estiverem assim, empurram esta malta e vamos ganhar.” Para Mourinho, equilíbrio emocional e intensidade serão determinantes ao longo dos 90 minutos.
O adversário e o legado tático
Mourinho identificou um Leverkusen difícil, com matriz que resiste ao legado de Xabi Alonso. “Defende a cinco, constrói a três ou a quatro, tem muita qualidade no jogo interior e muita velocidade. Duas equipas a precisar de pontos.” O treinador pediu especial atenção às bolas paradas e à influência de Grimaldo nos livres e cruzamentos.
Benfica em boa fase, sem euforia
O treinador valorizou a cultura vencedora, mas travou a euforia. “Já passámos por um momento negativo em Newcastle e a reação foi muito boa. Quero a equipa confiante e equilibrada, com empatia com o estádio e sem pressão.” Sobre escolhas, garantiu que António Silva “não perdeu a titularidade” e elogiou a evolução de Leandro Barreiro. Admitiu ainda “boas dores de cabeça” pela crescente profundidade do plantel.
Estratégia, detalhe e descanso emocional
Questionado sobre nervosismo, respondeu com humor. “Insónias só por causa dos miúdos. O Leverkusen dá trabalho e análise.” A ideia passa por montar “o puzzle certo” e controlar fases do jogo, protegendo transições e defendendo a área nas bolas paradas.
Caso Veríssimo. Prudência antes do comentário
Sobre as alegadas pressões do FC Porto ao árbitro Fábio Veríssimo, Mourinho remeteu posição para depois dos relatórios oficiais. “Não sou comentador. Sou treinador do Benfica. Não posso comentar algo potencialmente grave sem ler o relatório. Espero para ver e depois comentarei ou não.”
Mensagem final
“Tem de ser um jogo jogado com alma, sem medo e com ambição. Se o estádio estiver connosco, acredito que vamos ganhar”, rematou o treinador, amarrando a antevisão ao apelo à Luz.







