A sessão de qualificação do GP do Brasil de F1 de 2024 ficou marcada por cinco interrupções, despistes e condições extremas — descubra os momentos que abalaram o fim-de-semana no circuito de Interlagos.
A qualificação para o GP do Brasil de 2024 tornou-se uma das mais caóticas da última década na F1, à imagem do que aconteceu já este ano no GP do Azerbaijão. Em circunstâncias em que a chuva intensa e persistente fazia questão de marcar presença, o autódromo de Interlagos viu cinco bandeiras vermelhas agitarem a sessão — e com elas enormes consequências para pilotos e equipas. Aqui ficam as cinco interrupções em detalhe e o que cada uma significou para a qualificação.

(Créditos: Instagram)
🟥 1. Bandeira vermelha – Franco Colapinto (Q1)
Logo na primeira fase, a sessão já demonstrava sinais de perigo. O jovem piloto Colapinto despistou-se, encontrando os muros em condições de pista muito molhada. A situação forçou a interrupção da qualificação, obrigando as equipas a reverem estratégias com pneus intermédios, janelas de saída para volta lançada e a cautela acrescida no regresso. Esta bandeira vermelha precoce não apenas atrasou o cronograma como aumentou a tensão entre os pilotos que ainda não tinham marcado tempo de referência.
🟥 2. Bandeira vermelha – Carlos Sainz Jr. (Q2)
A pista continuava a deteriorar-se e, já durante a Q2, Sainz rodou, embatendo nos muros com igual violência, provocando nova paragem. O incidente precipitou uma tomada de decisão difícil: permanecer em pista, arriscar nova saída ou esperar que a sessão fosse relançada — sabendo que a probabilidade de mais água era real. No entanto, para Sainz, a consequência foi grave, já que ficaria sem oportunidade de melhorar o tempo.
🟥 3. Bandeira vermelha – Lance Stroll (Q2)
Também ainda durante a Q2, Stroll rodou, entrou na brita e provocou novo hiato. Foi este incidente que, segundo várias fontes, “selou” a eliminação prematura de Max Verstappen, que tinha uma volta em progresso e viu a sessão suspensa antes de poder melhorar. O efeito prático? Verstappen ficou fora da Q3, partindo da 12.ª posição na sessão, sendo que a essa ainda somou a penalização por ter mudado de motor, o que faria com que largasse da 17.º posição.
🟥 4. Bandeira vermelha – Fernando Alonso (Q3)
Já nos momentos decisivos do “top 10” da qualificação, o espanhol Alonso cometeu um erro na curva 11 e bateu. Esta interrupção reduziu o número de voltas disponíveis para os restantes pilotos, pressionando-os a darem tudo numa vez só — e expondo ainda mais as diferenças entre quem tinha confiança com o molhado e quem não tinha. Para Alonso e para a equipa, foi uma oportunidade desperdiçada de luta pelas primeiras posições da grelha.
🟥 5. Bandeira vermelha – Alex Albon (Q3, com três minutos para o fim)
Já quase no final e com poucas voltas disponíveis, Albon bateu fortemente à saída da primeira curva, após o relançamento, provocando a quinta bandeira vermelha. Graças a este incidente, mais ninguém pôde melhorar; para os outros pilotos era agora garantir que o tempo marcado se mantinha competitivo. Albon acabou por não conseguir participar na corrida.
A quantidade de bandeiras vermelhas no GP do Brasil desse ano – cinco –, igualou o recorde para uma qualificação na F1, e tornou esta sessão uma das mais memoráveis em termos de interrupções.
All FIVE red flags from last year's slippery qualifying session at Interlagos! 🚩#F1 #BrazilGP pic.twitter.com/YCClwwnjce
— Formula 1 (@F1) November 4, 2025
🔍 Consequências
- A pole-position do GP do Brasil acabou por ser conquistada por Lando Norris, que soube adaptar-se melhor à pista molhada e arrancar na frente, com tempo de 1:23.405.
- Verstappen, o grande favorito, viu uma qualificação para esquecer: eliminação em Q2 (12.º) e com penalização partiu da 17.ª posição. As bandeiras vermelhas contribuíram decisivamente para este resultado negativo para ele. Ainda assim, no final, foi o piloto que mais sorriu, tendo em conta que venceria a prova, com uma mistura de mestria e alguma sorte.
- O elevado número de bandeiras vermelhas alterou completamente o panorama da grelha de partida, beneficiando alguns (como Norris) e penalizando outros (como Hamilton e Verstappen).
- A sessão do GP do Brasil demorou mais tempo do que o habitual, com equipas e pilotos a lutarem para gerir pneus, tempo em pista e riscos de batida — num cenário onde a chuva criou um “jogo de nervos”.










