A seleção Iraniana joga hoje contra Inglaterra e Carlos Queiroz está à espera de um milagre.
Em entrevista à CNN, Carlos Queiroz avisou estar a aguardar, mas retirou importância às equipas mais fortes: “O mais importante é não tornar as outras equipas maiores do que são. Nós não somos mais pequenos do que eles. Trabalhei em muitos países e com muitos grandes jogadores, mas na minha vida nunca vi jogadores que fizessem tanto com tão pouco”.
Em relação a Inglaterra, o treinador atirou: “Eu tento sempre usar as minhas forças e proteger as minhas fragilidades contra a Inglaterra. Não temos problemas em perceber que a Inglaterra é a favorita. Mas isso é apenas teórico e de um ponto de vista analista. Quando as pessoas dizem: ‘És muito sólido defensivamente’, não chega. Precisamos de estar totalmente concentrados e com a determinação no máximo, assim como de organização quando não temos bola. É assim que devemos jogar, porque não vamos defrontar adversários fáceis. O mais importante é que, mais cedo ou mais tarde, não vão ter bola. Aí, devemos jogar com uma mentalidade vencedora. As expectativas dos adeptos não estão mais altas do que as nossas. Temos expectativas poderosas e não precisamos que os adeptos nos digam o que está em jogo. Digo aos meus jogadores todas as manhãs que precisamos de nos superar a nós próprios e sermos melhores do que fomos ontem. Quando os teus jogadores pensam todos dessa maneira, aí podes relaxar”.
Quanto ao milagre que espera, Carlos Queiroz contou uma história: “Tive um jogador, Majid, [Majid Hosseini] que passou de não ter jogos para disputar o Mundial [2018] frente a Marrocos, Portugal e Espanha. Falas sobre isto aos treinadores europeus e eles vão dizer que o jogador não está pronto, que não o posso chamar. Mas quando és o treinador do Irão, se não tens cão jogas com gato. Não há outra opção. É este o desafio, trazer jovens para a equipa e treiná-los. Em 2014 e 2018, o desafio era tornar possível o impossível, desta vez será tornar o impossível num milagre”.