Cristiano Ronaldo defende Roberto Martínez e garante que as culpas são de toda a equipa.
Cristiano Ronaldo, capitão da seleção Nacional, fez a habitual conferência de imprensa, que antecede o confronto de Portugal com a Dinamarca, agendado para este domingo, às 17h15.
Sempre deu o peito às balas e disse o pensava. Chegou a dizer que se respirava um ar mais fresco quando Roberto Martínez chegou. Ainda se mantém? “Por acaso continua, que aqui o ar está mesmo frio. Mas mantém-se mais ou menos como estava, está um pouco mais tenso, não vamos mentir. Estamos a tentar remediar as coisas. Estamos num momento mais tenso, não de vida ou de morte, mas sabemos que temos de ganhar. E sabemos que amanhã precisamos dos adeptos. Que transmitam a força e o positivismo que nós precisamos. Acredito que amanhã será um dia bonito para os fãs de futebol e temos de pensar positivo.”
Normalmente a Seleção quando sente algo negativo isso toca no orgulho. Sente que é um daqueles momentos em que temos de lutar até ao fim? “Não há outra opção. Quem quer vir à Seleção tem de ter essa ambição. O que tenho visto nos últimos dias tem sido rostos cabisbaixos e isso está completamente fora do meu dicionário. Só perdemos a primeira parte e eu nunca perdi na primeira parte. Amanhã é a 2.ª parte. Portugal nunca tinha perdido na Dinamarca? Qual é o problema? Há jogos assim, em que as coisas não nos saem bem… Taticamente não saiu nada bem, eu não joguei nada, a equipa não jogou nada. Tu, na tua carreira, como jornalista também deves ter feito perguntas que não foram boas. Faz parte da vida…Não somos computadores. E amanhã quero sair de Alvalade de cabeça erguida. Acredito que vai ser uma noite bonita.”
Acha que houve falta de atitude e falhas no plano estratégico? “Atitude não concordo. Atitude aqui na Seleção nunca falta. Coisas técnicas obviamente que falharam. Mas o futebol é mesmo assim e nem sempre as coisas saem bem. O ambiente também não era propício. Eu já fiz 50 mil jogos maus… Faz parte. Não há que estar nervoso, é limpar a cabeça e fazer hoje um bom treino.”
Tendo em conta da qualidade que apontam à Seleção, sente que falta exigência no sentido de ganhar mais vezes e jogar melhor futebol? “Não estou de acordo. Eu acho que a equipa tem mantido um nível excelente. Para mim, as gerações melhores são as que ganham, não interessa se são de ouro, prata ou latão. São aquelas que juntam as tropas, independentemente da qualidade que têm. Aproveito para dizer que não tenho gostado do negativismo à volta da Seleção e até acho que algumas perguntas que têm feito são uma falta de respeito. Agora precisamos que os adeptos nos apoiem e criem o ambiente que nós tivemos na Dinamarca.”
Podemos contar com um novo momento de inspiração seu em Alvalade e da própria Seleção? “Vamos tentar dar o nosso melhor. Não acredito que alguém esteja aqui sem tentar dar o seu melhor. Eu quero é ganhar. Se eu não marcar e Portugal ganhar eu assino já por baixo. Sempre disse isso e vou continuar a apoiar a Seleção quando já cá não estiver.”
O que tem a dizer sobre as críticas a Martínez? “As críticas são para todos, jogadores, staff, dirigentes… Estamos todos no mesmo barquinho. Aqui ninguém escapa. Quando a equipa ganha, ganhámos todos e quando perde, perdemos todos. Agora temos de pensar positivo e dizer “calm down”.
Amanhã temos Cristiano para 90 minutos? “Não faço ideia, mas estou sempre preparado para jogar. O que sei é que vou estar pronto amanhã fisica e mentalmente para ajudar a equipa, porque tenho ferramentas para isso.”