Palavras do técnico português foram consideradas xenófobas
Na madrugada desta sexta-feira, Abel Ferreira, treinador do Palmeiras, fez uma declaração que foi alvo de críticas no Brasil. Durante uma conferência de imprensa, o técnico português sugeriu que os índios são desorganizados, o que levou o Palmeiras a defender as suas palavras publicamente.
Ao falar sobre o equilíbrio da equipa, Abel disse: “Aníbal tem uma dinâmica muito boa e por isso queríamos muito esse jogador. A direção não conseguiu trazê-lo quando precisávamos, porque não dava. Foi quando nós conseguimos e ainda bem em boa hora que nós o trouxemos. Eu diria que ele é o equilíbrio, o pêndulo da nossa equipa. Dá confiança para aqueles quatro, cinco, seis chegaram à área, e ele com o Vitor e o Gómez, e o Rocha ou Mayke, puderem equilibrar a equipa e dar liberdade aos da frente para atacar”, explicou.
“Porque isto não é uma equipa de índios. Há uma organização e dentro dessa organização há liberdade para eles criarem, para se ligarem e há princípios de jogo que nós temos, um deles é o equilíbrio, e o Aníbal é um desses pêndulos, esse motorzinho, que não só tem como tarefa ser a primeira cobertura, como também ligar jogo e pôr a equipa a jogar”, acrescentou Abel Ferreira.
As palavras de Abel Ferreira violam a Lei Federal 7.716/89 do Brasil, conhecida como Lei do Racismo. Em resposta à polémica, Abel Ferreira emitiu uma declaração através da assessoria de imprensa do clube: “Vivo e trabalho no Brasil desde 2020 e tenho profundo respeito por todos os brasileiros. As pessoas já conhecem o meu caráter, as minhas condutas e as minhas ações sociais. Sabem também que eu repudio por completo toda forma de preconceito”, lê-se numa nota partilhada pelo jornal Globo Esporte.
Veja as declarações de Abel Ferreira