Candidato à presidência dos encarnados critica a falta de transparência da direção atual.
O tabu da centralização dos direitos televisivos
João Diogo Manteigas, candidato à presidência do Benfica, lançou um desafio direto a Rui Costa, exigindo respostas sobre o futuro dos direitos audiovisuais do clube. A centralização das transmissões tem sido um dos temas quentes do futebol português, mas, segundo Manteigas, o silêncio e a falta de clareza da atual direção são preocupantes.
Através de uma publicação no site da sua candidatura, o advogado e antigo comentador desportivo enumerou várias questões que, na sua opinião, precisam de ser esclarecidas urgentemente. Para Manteigas, o último ano de mandato de Rui Costa foi marcado por um “vazio, opacidade e indiferença”, deixando os sócios sem informações sobre um tema vital para o futuro financeiro do Benfica.
As perguntas incómodas de Manteigas
O candidato quer saber quando termina o contrato atual com a NOS e se a operadora tem algum direito de preferência sobre as transmissões dos jogos das águias a partir da época 2026/27. Além disso, questiona se há exclusividade contratual com a NOS e se as negociações estão a garantir um aumento real de receitas para o clube.
Mas há mais: por que motivo ainda não foi discutida a possibilidade de um concurso público internacional? Manteigas quer saber se o Benfica tem limitações contratuais que impeçam o clube de explorar novas opções no mercado.
Ano eleitoral e negócios de milhões
Para Manteigas, há uma questão de princípio que não pode ser ignorada: faz sentido a atual direção negociar contratos de milhões em ano eleitoral? Com as eleições agendadas para 2025, o candidato considera que qualquer decisão que condicione o futuro do clube deveria ser discutida com os sócios e com os futuros dirigentes.
“Os sócios, adeptos e simpatizantes pedem respostas a quem de direito. Mas, até agora, o vazio, a opacidade, a falta de informação e a indiferença têm reinado no último ano de mandato.”
Rui Costa vai responder?
O silêncio de Rui Costa até agora tem sido ensurdecedor, mas a pressão aumenta. Com as eleições no horizonte e um adversário disposto a expor as fragilidades da atual gestão, o presidente do Benfica terá de decidir: continua a evitar o debate ou finalmente responde às perguntas que os benfiquistas querem ver esclarecidas?