O futebol brasileiro está a ferro e fogo, e agora sabe-se que o escândalo ultrapassou fronteiras e foi cometido por jogadores brasileiros a jogar noutros países…
São já vários os jogadores dispensados e alguns mesmo detidos na sequência do escândalo de corrupção nas apostas que atingiu o futebol brasileiro. Agora sabe-se que o problema vai além fronteiras…
Foi o próprio procurador que investiga uma das redes que manipulava resultados de jogos de futebol para beneficiar apostadores que o confirmou e que
O Colorado Rapids, da principal divisão do futebol norte-americano (MLS), confirmou entretanto em comunicado que tinha afastado preventivamente um jogador, cuja identidade não revelou.
O procurador confirmou que nas conversas intercetadas pelos investigadores constam contactos de apostadores brasileiros com jogadores fora do Brasil.
“Partilhar a nossa investigação para que ela possa ser investigada lá [nos Estados Unidos] é o caminho natural”, confirmou Cesconetto.
A investigação a três partidas começou em novembro e acabou por se ampliar para 13 jogos, alguns em ligas inferiores do futebol brasileiro, que ocorreram entre a segunda metade de 2022 e os primeiros três meses deste ano, disse o procurador.
Os investigadores disseram que os jogadores receberam entre 10 mil dólares e 20 mil dólares (entre 9.200 euros e 18.400 euros) para realizar ações específicas, como receber cartões amarelos e cometer grandes penalidades, com o objetivo de favorecer os apostadores.
A imprensa brasileira referiu que suspeitos mencionaram ter contactos na Grécia e na Lituânia, algo que Cesconetto não confirmou.
“Ainda há muito material a ser analisado”, disse o procurador. “Estamos mais focados no que aconteceu aqui no Brasil,” acrescentou.
disse ter descoberto provas de irregularidades cometidas por jogadores fora do Brasil.
Fernando Cesconetto, do Ministério Público de Goiás, disse à agência de notícias Associated Press que o caso de Max Alves, que foi mencionado na investigação, poderá ser alvo de investigação nos Estados Unidos.
Parte da cooperação com autoridades estrangeiras também pode vir da Polícia Federal brasileira.
O ministro da Justiça, Flávio Dino, disse na semana passada que irá iniciar uma investigação a nível nacional sobre manipulação de resultados. O parlamento também deve iniciar uma investigação esta semana.
Quatro clubes da primeira divisão brasileira de futebol suspenderam na semana passada cinco jogadores.
O Athletico Paranaense, finalista da Taça Libertadores de 2022, suspendeu o equatoriano Bryan Garcia e o brasileiro Pedrinho, que já foram afastados da equipa “até que os factos divulgados sejam rigorosamente investigados”.
Também Fluminense, Cruzeiro, este orientado pelo português Pepa, e América Mineiro se manifestaram em termos idênticos e suspenderam um jogador cada.
A equipa do Rio de Janeiro suspendeu o defesa Vítor Mendes, enquanto o Cruzeiro o médio Richard e o América o defesa direito Nino Paraíba.
Embora nenhum dos jogadores conste na lista dos sete futebolistas acusados na terça-feira por suposta participação na manipulação, estes figuram na lista de suspeitos ou entre os citados nas conversações intercetadas pelos investigadores.
Um tribunal do estado de Goiás aceitou na semana passada a denúncia do Ministério Público contra 16 pessoas investigadas por alegadamente participarem num esquema de manipulação de resultados, incluindo sete futebolistas.