O tricampeão mundial reconhece que a próxima era da Fórmula 1 será desafiante para a Red Bull, que aposta num motor totalmente novo desenvolvido em parceria com a Ford.
A Red Bull vive uma fase de transição decisiva. Enquanto continua a lutar pelo título de pilotos com Max Verstappen, a escuderia de Milton Keynes já prepara o seu futuro na Fórmula 1 com a introdução do novo motor Red Bull-Ford, que marcará a estreia da equipa como construtora de unidades de potência em 2026.
No entanto, o campeão neerlandês deixou um aviso claro sobre o desafio que se aproxima. Em declarações à Sky Alemanha, Verstappen reconheceu que o risco é real: “O próximo ano não será nada fácil com o nosso motor. É um novo risco para a Red Bull, mas já o assumiram quando entraram na Fórmula 1, e não o fizeram mal.”
Um projeto ambicioso, mas de alto risco
A parceria entre a Red Bull Powertrains e a Ford é uma das grandes apostas da escuderia austríaca para o futuro. O objetivo é garantir total independência em matéria de motores, depois da saída da Honda, e adaptar-se às novas regras que entrarão em vigor em 2026, com maior foco na eficiência energética e no uso de combustíveis sustentáveis.
Apesar do otimismo interno, o próprio Verstappen admite que há incertezas quanto ao desempenho do novo motor, sobretudo frente à experiência de rivais como Mercedes e Ferrari, que continuam a desenvolver as suas unidades de potência há mais tempo.
Waché garante que o projeto “é promissor”
As preocupações do piloto foram respondidas por Pierre Waché, diretor técnico da Red Bull, que em entrevista ao portal RacingNews365 assegurou que o desenvolvimento está a correr bem. “Em relação ao motor, é difícil dizer agora, mas parece muito, muito promissor”, afirmou.
O engenheiro francês destacou, porém, que a grande incógnita reside nas novas regras aerodinâmicas: “Há muito para descobrir. Só quando virmos os carros dos outros é que perceberemos se estamos no caminho certo.”
2025, o ano da transição
Antes da revolução de 2026, a Red Bull ainda tem objetivos imediatos. A equipa trabalha em novas atualizações para o RB21, o monolugar de 2025, que poderá servir de base para o projeto seguinte. Waché garante que o desenvolvimento atual “será útil para compreender as necessidades do piloto e preparar melhor o novo carro”.
A escuderia austríaca, dominadora das últimas temporadas, enfrenta assim o desafio de manter a sua hegemonia enquanto constrói o seu futuro com a Ford, num dos projetos mais ambiciosos da história recente da Fórmula 1.






