Sob a liderança de André Villas-Boas, os dragões arrecadaram um total de 168,45 milhões de euros
O FC Porto estabeleceu um novo recorde de receitas provenientes de vendas de jogadores numa única época, somando 168,45 milhões de euros (ME) nas duas janelas de transferências de 2024/25, as primeiras sob a liderança de André Villas-Boas como presidente.
Após garantir 58,15 ME no mercado de verão, os dragões acumularam 110,3 ME durante o período de inverno, encerrado na última segunda-feira, data limite para inscrições na I Liga. Este valor foi impulsionado pela venda do médio espanhol Nico González ao Manchester City por 60 ME, e do extremo brasileiro Galeno ao Al Ahly, da Arábia Saudita, por 50 ME.
Por outro lado, o lateral Wendell saiu a custo zero para o São Paulo, enquanto Iván Jaime (Valência), Wendel Silva (Santa Clara) e Fran Navarro (Braga) foram emprestados. O FC Porto ultrapassou pela segunda vez os 100 ME numa única época, superando os 148,15 ME registados em 2015/16.
Benfica e Sporting com encaixes significativos
O Benfica arrecadou 149,92 ME nas duas janelas de transferências. Em janeiro, vendeu o lateral alemão Jan-Niklas Beste ao Friburgo por oito ME, enquanto o burquinês Issa Kaboré seguiu emprestado ao Werder Bremen, numa transferência ligada ao Manchester City, e Soualiho Meité foi novamente cedido ao PAOK Salónica.
Já o Sporting, campeão nacional, somou 39,8 ME no verão, mas realizou poucas operações no inverno. Entre elas, a venda de Leonardo Barroso ao Chicago Fire por 1,4 ME e o empréstimo de Marcus Edwards ao Burnley. Está ainda iminente a transferência de Dário Essugo para o Chelsea por 25 ME, com o médio a permanecer cedido ao Las Palmas até ao final da época.
Outros clubes da Liga
O SC Braga transferiu Bruma para o Benfica por 6,5 ME no último dia do mercado, enquanto cedeu jogadores como Matheus (Ajax), André Horta (Olympiacos) e Roberto Fernández (Espanyol) por empréstimo. A rescisão com Yuri Ribeiro (Blackburn) e o regresso de Rafik Guitane ao Estoril também marcaram este período.
O Vitória de Guimarães atingiu uma receita recorde de 45,3 ME, destacando-se as vendas de Alberto Costa à Juventus (13,8 ME), Manu Silva ao Benfica (12 ME) e Kaio César ao Al Hilal (nove ME). O clube minhoto ainda viu Jorge Fernandes (Al Fateh) e Nélson da Luz (Qingdao West Coast) saírem por valores mais modestos e emprestou Zé Carlos (Farense) e Adrián Butzke (Mirandés).
Já o Estrela da Amadora lucrou 8,45 ME com as saídas de Igor Jesus (Los Angeles FC, quatro ME), André Luiz (Rio Ave, 2,5 ME), Tiago Gabriel e Danilo Veiga (Lecce, 1,25 e um ME, respetivamente).
Entre outros clubes, o Famalicão negociou Zaydou Youssouf para o Al Fateh por seis ME e o Gil Vicente transferiu Mory Gbane para o Reims por cinco ME. No entanto, o Boavista, lanterna-vermelha da I Liga, continua impedido de inscrever jogadores, já pela quinta janela consecutiva.
Receita global da I Liga em alta
A I Liga arrecadou 185,77 ME apenas na janela de inverno, superando os 124,61 ME do mesmo período na época passada. Combinando as duas janelas de 2024/25, o montante atinge os 566,34 ME, superando os 410,31 ME registados em 2023/24.
O mercado permanece aberto em países como Áustria, Hungria, Polónia, Turquia, Brasil, Canadá, China, entre outros, enquanto jogadores em final de contrato estão livres para negociar com outros clubes para a próxima temporada.