Dragões emitem comunicado
O encontro entre FC Porto e Rio Ave, que marcou o encerramento da 20.ª jornada da Primeira Liga, terminou com um empate a 2-2. Apesar da igualdade no marcador, a equipa azul e branca não deixou passar em branco a sua insatisfação com a arbitragem liderada por Gustavo Correia, manifestando-a num comunicado contundente.
O clube portista destacou o que considerou ser uma “uma inexplicável aplicação de critérios disciplinares” por parte do árbitro da partida. No documento divulgado, o FC Porto chamou a atenção para a disparidade no número de faltas assinaladas, levantou dúvidas sobre um possível penálti sobre Rodrigo Mora na primeira parte e criticou um lance na segunda metade que compararam com uma grande penalidade assinalada à equipa B dos dragões noutro jogo.
O comunicado surge num tom crítico, deixando claro o descontentamento dos dragões face ao que consideram ser decisões prejudiciais que influenciaram o desenrolar do jogo.
Leia o comunicado na íntegra:
“O FC Porto empatou a duas bolas no reduto do Rio Ave num jogo em que Gustavo Correia, e toda a sua equipa de arbitragem, assumiram o papel de personagens principais, somando intervenções que tiveram influência direta no desfecho do encontro.
Numa arbitragem marcada por uma inexplicável aplicação de critérios disciplinares do árbitro, logo aos quatro minutos Petrussi atinge Samu no tendão de Aquiles de forma violenta – passando o lance sem qualquer admoestação. Nem a severidade das infrações ou o reiterado comportamento faltoso valeu um único cartão ao Rio Ave durante a primeira metade apesar do saldo de 10-1(!) em faltas registado ao intervalo.
A primeira parte desastrosa da equipa de arbitragem da AF Porto não terminaria sem que esta deixasse passar um penálti claro sobre Rodrigo Mora por um empurrão a duas mãos de Olinho que, sem qualquer possibilidade de jogar a bola, desequilibra o avançado portista. Nem o árbitro da partida, nem o VAR Vasco Santos – cujas decisões pouco acertadas como videoárbitro se acumulam nesta temporada – foram capazes de observar o que todos facilmente constatavam no estádio e na televisão.
A segunda parte fica também marcada por um lance de mão do defesa vilancondense Demir Tiknaz, na área da casa ao minuto 55. Curiosamente (ou talvez não) nem dois dias passados sobre o ressalto num jogador da equipa B do FC Porto ter sido punido com grande penalidade, eis mais um exemplo do critério interpretativo das equipas de arbitragem perante este tipo de lances, com a decisão em campo a ser, mais uma vez, em prejuízo dos Dragões.
Pelo meio não faltaram tentativas de Rodrigo Mora, Eustáquio, Samu e companhia, Nehuen Pérez até se estreou a marcar de azul e branco e Otavio também encontrou o fundo das redes de Cezary Miszta, mas o Rio Ave aproveitou duas desatenções da defesa adversária para marcar dois golos que, apesar do sem-número de oportunidades construídas pelos portistas, hipotecaram as chances de o FC Porto sair de Vila do Conde com os três pontos”.