Protocolo com os Super Dragões expira no próximo dia 30 de junho
A operação “Bilhete Dourado”, que resultou na identificação de 13 arguidos e teve origem numa certidão extraída da operação “Pretoriano”, poderá levar o FC Porto a juntar-se ao processo como assistente.
Segundo avança o jornal O Jogo, a nova Direção azul e branca, está a considerar seriamente tal possibilidade – a anterior Direção da SAD permanece em silêncio -, após André Villas-Boas ter colocado a análise de todo o sistema de bilhética como uma das prioridades na campanha eleitoral. No entanto, esta ação só deverá ser tomada após o novo presidente assumir também o comando da sociedade, numa Assembleia Geral agendada para 28 de maio.
O atual protocolo com os Super Dragões expira no próximo dia 30 de junho e é de renovação automática, mas pode ser rescindido até dia 31.
“Vou colocar-me como assistente no processo que está em curso [Pretoriano] para perceber o que aconteceu ao dinheiro”, assegurou o atual líder dos dragões, numa sessão de esclarecimento na Casa do FC Porto de Argoncilhe, realizada a 17 de março, alertando, na altura, para o facto de “uma claque” ter tido “acesso indevido a quantidades enormes de bilhetes” e de os ter vendido em vez de os distribuir pelas casas. AVB prometeu mesmo “uma análise forense” com o intuito de perceber “porque é que saíram determinado número de bilhetes que deveriam ter rendido determinados milhares de euros” atirou André Villas-Boas.
As diligências realizadas pelas autoridades, que passaram o domingo a recolher provas nos escritórios da Porto Comercial e na Loja do Associado do Estádio do Dragão, facilitaram a tarefa de Villas-Boas, que prometeu ser inflexível para com aqueles que tenham prejudicado o FC Porto. O Ministério Público não indica especificamente o montante que deixou de entrar nos cofres portistas, mas afirma, no mandado de busca e apreensão a que O JOGO teve acesso, que ” não existem dúvidas” de que “são várias as pessoas com lucros consideráveis” com esta atividade alegadamente criminosa e que isso “lesa claramente” os azuis e brancos.
As principais suspeitas recaem sobre a família de Fernando e Sandra Madureira, presidente e vice-presidente dos “Super Dragões”, mas também são mencionados outros elementos ligados à claque, bem como Cátia Guedes, coordenadora da Loja do Associado, e Fernando Saúl, ex-oficial de ligação aos adeptos – este terá rescindido o contrato três dias antes das eleições, realizadas a 27 de abril, e, segundo o “JN”, terá recebido uma indemnização de 190 mil euros.