Presidente portista destacou ainda o trabalho que está a ser feito na formação
Enquanto o FC Porto se prepara para defrontar o Palmeiras este domingo na estreia no Mundial de Clubes, André Villas-Boas aproveitou a presença nos Estados Unidos para abordar o talento emergente no futebol português e a importância dos treinadores na formação dos jovens atletas.
Em entrevista ao podcast Men in Blazers, o presidente dos dragões recordou os tempos em que orientava a equipa principal do FC Porto, falando do “total controlo sobre a equipa e os jogadores”.
“Agora tenho que escolher as pessoas certas para os lugares certos e acreditar no talento delas para levar o clube para a frente. No final de contas, enquanto presidente, estou a dar-lhes poder de controlo enquanto represento os adeptos do FC Porto.”, afirmou.
Durante a conversa, Villas-Boas abordou ainda o percurso de antigos jogadores do clube que se destacaram fora de Portugal, como Deco, James Rodríguez, Hulk, Diogo Jota e Vitinha, considerando-os exemplos de atletas com qualidades excecionais.
“São jogadores muitos criativos com a bola e geneticamente extraordinários. Em Portugal, estamos muito focamos nos jogos. O futebol está na nossa cultura, temos três jornais diários que nos massacram todos os dias. Cada conversa numa família é sobre o clube que escolheram, quem vai ganhar, quem vai trazer mais jogadores ou formar mais jovens. Amanhã [hoje] vão ver o Rodrigo Mora que acabou de fazer 18 anos e é um génio. É uma estrela”, destacou.
Villas-Boas aproveitou ainda para sublinhar o impacto que José Mourinho teve nas gerações mais novas, não apenas ao nível dos jogadores, mas também dos treinadores.
“Todos os miúdos querem ser jogadores de futebol nas casas dos portugueses, mas desde o fenómeno Mourinho temos crianças que querem ser treinadores de futebol e tiram cursos para isso. Temos treinadores com muita qualidade nos clubes nacionais e é por isso que vão para o estrangeiro”