Após novo resultado dececionante em Singapura, a Ferrari junta o CEO, presidente e direção técnica para uma reunião de emergência.
O objetivo principal desta reunião de emergência da Ferrari, é analisar as falhas do SF-25, analisar possíveis soluções ainda para este ano, mas mais direcionado já para a temporada de 2026 e, acima de tudo, tentar travar o crescente descontentamento de Charles Leclerc.
A Ferrari atravessa um dos períodos mais turbulentos dos últimos anos na F1. Depois de um desempenho aquém das expectativas no GP de Singapura — mais um de uma série de fins de semana dececionantes em 2025 — as altas instâncias da Scuderia convocou uma reunião de emergência em Maranello. Segundo o que Sky Sports Itália avançou, o encontro contará com a presença do presidente John Elkann e do CEO Benedetto Vigna, e visa “recalcular a rota” da equipa antes que a crise se agrave.
Atualmente na terceira posição do Mundial de Construtores, com 298 pontos, a Ferrari é a única das quatro principais equipas — Red Bull, Mercedes, McLaren e Ferrari — que ainda não conquistou um única vitória na presente temporada. A situação é descrita internamente como um “momento sombrio”, que exige medidas rápidas e concretas para travar a queda de rendimento e restaurar a confiança na equipa.
🚨 | Decisions needed at Maranello
— La Gazzetta Ferrari (@GazzettaFerrari) October 8, 2025
This Thursday, Maranello will host the “capital markets day” with speeches from Elkann and Vigna.
Officially it’s not a racing-focused event, but it will offer some background clarity.
📰 @Auto_Racer_it pic.twitter.com/P31ms0ZPrs
Problemas em Singapura expuseram falhas estruturais
No circuito urbano de Marina Bay, Lewis Hamilton e Charles Leclerc voltaram a enfrentar grandes dificuldades com o SF-25. O chefe de equipa, Frédéric Vasseur, explicou após a corrida que ambos os pilotos sofreram com sobreaquecimento dos travões, o que obrigou a antecipar a travagem e reduziu significativamente o ritmo durante as 62 voltas.
Hamilton, que chegou a perder cerca de 30 segundos na fase final da corrida, terminou apenas na oitava posição, após ter sido penalizado com cinco segundos por exceder os limites de pista. Apesar do resultado, o britânico preferiu manter um tom motivacional, publicando nas redes sociais uma mensagem de união e confiança na recuperação da equipa.
Leclerc, por outro lado, mostrou-se claramente frustrado. O monegasco queixou-se do comportamento imprevisível do carro, dizendo sentir-se “como um passageiro”. As suas críticas, cada vez mais duras, têm gerado mal-estar entre os engenheiros, segundo o jornal Corriere della Sera, que fala mesmo na possibilidade de uma saída do piloto em 2027, caso o clima interno não melhore.
esta es la accion por la que podria ser sancionado Hamilton
— SHF77 (@SHF77382749) October 5, 2025
This is the action for which Hamilton could be penalised#F1 #SingaporeGP pic.twitter.com/qfBqCD6pyI
Rivais evoluem, Ferrari estagna
Enquanto Red Bull e Mercedes continuam a introduzir atualizações eficazes nos seus monolugares, Leclerc lamentou a falta de evolução do projeto da Ferrari. “As outras equipas deram passos em frente. Nós não”, afirmou o piloto após a corrida. A perceção de estagnação tecnológica, associada à pressão mediática e ao peso da história da marca, tem deixado Maranello em ebulição e numa crise que muitos consideram bastante complexa.
A reunião marcada para esta semana deverá definir os próximos passos estratégicos da Ferrari — desde possíveis mudanças na gestão técnica até à reavaliação das metas para o final da temporada. Para muitos analistas, o encontro pode ser decisivo para o futuro de Vasseur à frente da equipa e para o próprio projeto 2026, que coincidirá com o novo regulamento técnico da F1.











