Francesco Farioli será o próximo treinador do FC Porto e traz consigo uma ideia de jogo muito própria — mas também uma estrutura técnica totalmente consolidada. O italiano de 36 anos, que prepara a sua primeira experiência no futebol português, recusou mexidas na sua equipa de trabalho e garantiu que os três elementos que o acompanham desde os seus primeiros passos como treinador principal farão parte do novo ciclo no Dragão.
Daniele Cavalletto, Felipe Sánchez e Jarkko Tuomisto são os nomes escolhidos para integrar a nova era portista. Dois adjuntos e um treinador de guarda-redes que partilham um histórico comum com Farioli desde os tempos do Karagümrük, na Turquia, em 2020, e que o seguiram em todas as etapas seguintes — Alanyaspor, Nice e Ajax. A sintonia entre os quatro é total, e foi mesmo uma condição imposta por Farioli para aceitar o desafio proposto por André Villas-Boas.
Um quarteto com provas dadas
A confiança de Farioli nos seus colaboradores vai além da afinidade pessoal. Cavalletto (48 anos) conta com larga experiência como adjunto em clubes italianos e passou inclusivamente pelo Olhanense, em Portugal, na temporada 2013/14. Felipe Sánchez (39 anos) e Tuomisto (49 anos), por sua vez, conheceram Farioli durante uma experiência comum no Qatar e mais tarde reencontraram-se no Independiente del Valle, do Equador — clube onde também trabalhou Martín Anselmi, o antecessor no cargo.
Com perfis distintos e bagagens complementares, os três técnicos ajudam Farioli a implementar uma metodologia de treino exigente, focada na posse de bola, controlo do jogo e construção desde trás. Um estilo que agrada à nova administração portista, mas que exigirá tempo e paciência para surtir efeito.
Um projeto com mão firme de Villas-Boas
A escolha de Farioli é o culminar de um processo de análise profundo liderado por André Villas-Boas, após duas apostas iniciais — Vítor Bruno e Anselmi — que não vingaram. O presidente do FC Porto acredita estar, agora, a entregar o plantel a um treinador com ideias firmes, cultura de exigência e margem de crescimento.
Farioli chega a Portugal consciente dos desafios, mas com a segurança de poder contar com o seu núcleo duro, recusando alterações na equipa técnica sugeridas pelo clube. A nova era no Dragão será, assim, marcada por uma liderança clara e sem concessões: a de um treinador que faz questão de ser fiel à sua filosofia — dentro e fora das quatro linhas.






