Francisco J. Marques, antigo diretor de informação e comunicação do FC Porto, anunciou a sua saída do FC Porto através das redes sociais, onde admitiu que foi “forçado a negociar”.
“Terminou hoje a minha ligação contratual ao FC Porto, permanecerá para sempre a ligação emocional. Saio por um acordo que fui forçado a negociar, depois de um gigantesco sacrifício da minha vida pessoal e profissional. Pelo FC Porto voltaria a fazê-lo”, começou por escrever.
“A partir de hoje sou um sócio comum, que elogiarei quando achar justo – tenho gostado da nova forma de venda de bilhetes, por exemplo – e criticarei quando achar que se justifica – não gostei de ver o presidente desautorizar Vítor Bruno no assunto Pepe”, prosseguiu.
“Estes quase 14 anos foram uma bonita aventura. Os últimos oito de uma exigência extrema, sempre na intransigente defesa dos valores do FC Porto. Fiz coisas bem e mal feitas, tomei boas e más decisões, o julgamento dos sócios do FC Porto é o único que me interessa. Reduzir os meus anos de FC Porto ao caso dos e-mails é redutor e injusto, mas a verdade é que se desarticulou o maior esquema de adulteração da verdade desportiva da história do desporto português. E já há pessoas condenadas por corrupção e não são do nosso clube”, continuou.
“Hoje mesmo confirmei que a foto do calcanhar de Madjer, a mais icónica imagem dos nossos 130 anos de história, foi mesmo substituída por uma foto dos excelentes André e Jaime Magalhães, também na final de Viena, mas sem valor histórico. Trata-se de uma decisão muito, muito feia, que diz muito sobre a intolerância de quem nos governa e que, pelo menos a mim, desilude imenso. Branquear é sempre feio, apagar quem nos pôs no topo do mundo é terrível e não faz sentido nenhum”, concluiu.