O presidente do Sporting, Frederico Varandas, foi condenado esta quarta-feira pelo Tribunal do Bolhão, no Porto, pelo crime de difamação no processo que lhe foi movido pelo falecido presidente do FC Porto, Jorge Nuno Pinto da Costa. Em causa estiveram as declarações de 2020 em que Varandas chamou “bandido” ao histórico dirigente portista. O líder leonino terá de pagar uma multa de 7.200 euros e uma indemnização de 5.000 euros à família de Pinto da Costa.
Chegou ao fim o processo judicial que opunha Frederico Varandas à família de Jorge Nuno Pinto da Costa. O Tribunal do Bolhão, no Porto, considerou o presidente do Sporting culpado de um crime de difamação, na sequência de declarações proferidas a 23 de outubro de 2020.
Condenação de €12.200 por Difamação
A sentença, lida esta quarta-feira, condena Frederico Varandas ao pagamento de uma multa de 180 dias à taxa diária de 40 euros, o que perfaz um total de 7.200 euros. Para além da multa, o presidente do Sporting terá ainda de pagar uma indemnização de 5.000 euros à família de Pinto da Costa. No total, a condenação implica um pagamento de 12.200 euros.
Repetição de “Bandido” foi Insulto e Não Resposta, Diz Tribunal
Na leitura da sentença, a juíza recordou o contexto das declarações de Varandas, que surgiram como resposta a comentários de Pinto da Costa no ‘Porto Canal’. No entanto, o tribunal entendeu que, “mesmo na linguagem excessiva permitida no futebol”, não havia “necessidade de difamar o assistente [termo legal para a parte queixosa, Pinto da Costa] como resposta”.
A deliberação considerou que a repetição da palavra “bandido” por parte de Frederico Varandas não foi uma mera resposta, mas sim um insulto e um ato de difamação. As declarações em causa foram proferidas por Varandas no Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa: “Falando para todos os sócios do Sporting, sei que eles merecem há décadas ouvir isto… pode ter um grande sentido de humor, ser uma pessoa acima da média culturalmente e um currículo com muitas vitórias, mas um bandido será sempre um bandido e no final um bandido será sempre recordado como um bandido.“
Processo Continuou Após Morte de Pinto da Costa
O processo judicial foi movido inicialmente pelo próprio Jorge Nuno Pinto da Costa. Após o seu falecimento, a sua viúva, Cláudia Campo, na qualidade de herdeira direta, decidiu manter a ação em tribunal, juntamente com os filhos do antigo presidente do FC Porto, Alexandre e Joana Pinto da Costa, que serão agora os destinatários do valor da indemnização.
Esta decisão judicial encerra um dos episódios mais tensos da já longa história de rivalidade entre os dirigentes dos dois clubes.