Tribunal do Bolhão condenou líder leonino por declarações sobre Pinto da Costa
Frederico Varandas vai recorrer da condenação decretada esta quarta-feira pelo Tribunal do Bolhão, no Porto, que o considerou culpado por um crime de difamação, na sequência de declarações proferidas em 2020 sobre o então presidente do FC Porto, Jorge Nuno Pinto da Costa.
O líder do Sporting não concorda com a decisão judicial, que o obriga ao pagamento de uma multa de 7.200 euros e a uma indemnização de 5.000 euros aos descendentes do histórico dirigente portista. Segundo apurou o jornal A BOLA, o recurso será interposto junto do Tribunal da Relação do Porto.
“Um bandido será sempre um bandido”: as palavras que motivaram a condenação
A frase em causa foi proferida por Frederico Varandas em 2020, no Aeroporto Humberto Delgado, durante uma declaração aos jornalistas. Na altura, afirmou:
«Todos os portugueses merecem que isto seja dito: pode ter um grande sentido de humor, ser uma pessoa acima da média culturalmente e um currículo com muitas vitórias, mas um bandido será sempre um bandido e, no final, um bandido será sempre recordado como um bandido.»
Segundo o tribunal, estas palavras visaram “rebaixar e humilhar” Pinto da Costa, configurando assim um crime de difamação agravada, mesmo após a morte do antigo presidente do FC Porto, que ocorreu em março de 2024.
Sporting aguarda novo desfecho na Relação do Porto
A defesa de Varandas entende que as declarações feitas pelo presidente leonino se inserem no direito à liberdade de expressão e que não houve intenção de difamar a figura de Pinto da Costa. Por esse motivo, o recurso à instância superior já foi decidido e o Sporting continuará a acompanhar o processo em curso.
Apesar da condenação em primeira instância, Frederico Varandas mantém-se firme na sua posição, considerando que o conteúdo da sua intervenção se enquadra no contexto de crítica legítima, ainda que polémica.