Num novo desenvolvimento que abala o mundo do futebol, Julio Garro, subsecretário do Desporto da Argentina, veio a público exigir que Lionel Messi, capitão da seleção argentina, e Claudio Tapia, conhecido como “Chiqui” e presidente da Associação do Futebol Argentino (AFA), apresentem um pedido formal de desculpas. Esta exigência surge na sequência da polémica gerada por cânticos de teor racista entoados durante as celebrações da conquista da Copa América.
“O capitão da seleção nacional deve pedir desculpas. O mesmo para o presidente da AFA. Isto deixa-nos, como país, mal vistos depois de tanta glória”, afirmou Garro, sublinhando a gravidade da situação.
A controvérsia ganhou dimensão internacional quando a FIFA anunciou a abertura de um inquérito para investigar o incidente. O organismo máximo do futebol mundial declarou que “condena firmemente todas as formas de discriminação por parte de qualquer pessoa, incluindo jogadores, adeptos e dirigentes”.
A Federação Francesa de Futebol (FFF) também se pronunciou sobre o caso, manifestando a intenção de apresentar uma queixa na justiça por “insultos racistas e discriminatórios”. Os jogadores franceses foram os principais visados nos cânticos em questão, que aludiam à ascendência africana de vários atletas da equipa gaulesa.
O vídeo que desencadeou a polémica foi gravado no autocarro da seleção argentina, mostrando o jogador Enzo Fernández a cantar e a filmar. Estes cânticos, que tiveram origem entre adeptos argentinos durante o Mundial de 2022 no Catar, incluíam também comentários de natureza transfóbica dirigidos a Kylian Mbappé.
Este incidente mancha as celebrações da Argentina pela conquista do título mundial em 2022, precisamente numa final contra a França, e levanta questões sobre a responsabilidade dos jogadores e dirigentes no combate ao racismo e à discriminação no futebol.