Águias contam com 14 golos vindos, leões com 9 e dragões com 8
O Benfica tem-se destacado no panorama do futebol português graças ao impacto significativo dos jogadores vindos do banco de suplentes. Com um total de 50 golos marcados esta época, 14 foram assinados por atletas lançados durante os jogos, o que representa 28% dos tentos da equipa da Luz. Este registo coloca as águias no topo entre os três grandes no que diz respeito ao rendimento das “segundas escolhas”.
Sob o comando de Roger Schmidt, os suplentes contribuíram com dois dos cinco golos marcados nesse período. Já com Bruno Lage ao leme, o banco revelou-se ainda mais produtivo: 12 golos dos 45 marcados com o técnico português foram da autoria de jogadores que iniciaram os encontros como suplentes.
O exemplo mais recente deste trunfo aconteceu no Mónaco, na quinta jornada da Liga dos Campeões. A vitória por 3-2 contra a equipa monegasca foi garantida graças a Arthur Cabral e Amdouni, que entraram na segunda parte e marcaram os golos decisivos. Após o encontro, Bruno Lage destacou a relevância das suas “armas secretas” e sublinhou a confiança em todos os jogadores do plantel, elogiando a capacidade dos suplentes para resolverem jogos.
O impacto dos jogadores vindos do banco não se limita à Liga dos Campeões. Na Taça da Liga, frente ao Santa Clara, Bruno Lage poupou Di María e Pavlidis, mas viu o grego marcar dois golos e o argentino assinar outro, assegurando a passagem do Benfica à final four da competição. Antes disso, no último jogo sob a liderança de Roger Schmidt, Marcos Leonardo saiu do banco para converter um penálti que garantiu um ponto frente ao Moreirense, em jogo disputado no Minho.
Comparativamente, os rivais Sporting e FC Porto têm números mais modestos no que toca ao contributo dos suplentes. O Sporting, que já apontou 63 golos nesta época, viu apenas nove serem marcados por jogadores lançados durante os jogos, representando 14,3% dos seus tentos. O FC Porto, com 48 golos no total, registou oito vindos do banco, o equivalente a 16,7%.
Curiosamente, apesar da diferença percentual, o impacto prático dos suplentes nas três equipas é idêntico: cada uma conseguiu duas vitórias e um empate com golos provenientes de jogadores que começaram como opções secundárias.