Um caso verdadeiramente insólito abala o mundo do futebol. O Sevilha, clube histórico do futebol espanhol, viu-se envolvido numa situação bizarra com o jogador francês Joris Gnagnon, contratado em 2018 por 13,5 milhões de euros.
O desfecho deste dossier é surpreendente: o jogador foi não só despedido por excesso de peso e falta de profissionalismo, como agora condenado pelo Tribunal Arbitral do Desporto (TAD) a pagar mais de um milhão de euros ao clube andaluz.
Joris Gnagnon, defesa-central francês, chegou a Sevilha com grandes expectativas, após ter custado uma verba considerável aos cofres do clube. No entanto, o jogador nunca conseguiu afirmar-se na equipa, somando apenas 17 jogos em várias épocas. Esta poderia ser apenas mais uma história de um jogador que não vingou num clube, não fosse o desenrolar dos acontecimentos e a insólita decisão judicial.
O motivo do despedimento e da condenação de Gnagnon reside numa falta de profissionalismo gritante, relacionada com o seu peso. No regresso para o início da pré-época 2020-2021, o jogador apresentou-se com um índice de massa corporal compatível com obesidade de tipo I. Para um atleta profissional cujo peso ideal se situava nos 91 kg, Gnagnon chegou ao centro de treinos com 105 kg – mais 14 quilos acima do recomendado!
Perante este cenário preocupante, o Sevilha implementou um plano de treino específico para o jogador, com controlo de peso rigoroso. Contudo, ao fim de apenas seis dias, Joris Gnagnon aumentou o seu peso para 107,4 kg, demonstrando uma total despreocupação e falta de compromisso com as exigências do futebol profissional.
Como consequência desta conduta, Gnagnon praticamente não jogou na época 2020-2021, somando apenas 29 minutos num jogo da Taça do Rei em dezembro. Esse viria a ser o seu último jogo oficial. No final da temporada, o clube forneceu um plano nutricional personalizado ao jogador para as férias, mas sem resultados práticos, uma vez que o francês regressou novamente com valores de pré-obesidade. Perante a reincidência e a quebra de confiança, o Sevilha decidiu despedir Joris Gnagnon em 2021 por motivos disciplinares.
O jogador recorreu da decisão para o Tribunal Arbitral do Desporto (TAD), mas viu o seu recurso ser rejeitado. Agora, a justiça desportiva foi mais longe e condenou Joris Gnagnon a pagar 1.058.402,78 euros ao Sevilha, um valor inferior aos 4,6 milhões de euros exigidos inicialmente pelo clube, mas ainda assim considerável.
Este caso insólito de Joris Gnagnon e do Sevilha serve de alerta para a importância do profissionalismo e da disciplina no desporto de alta competição. O jogador, atualmente com 28 anos e sem anunciar o fim da carreira, viu o seu potencial desperdiçado por uma conduta pouco profissional e agora enfrenta as consequências financeiras dessa falta de compromisso.