A psicóloga e comentadora partilha a sua experiência em debates com Pedro Guerra e critica práticas que envolvem ataques pessoais.
Joana Amaral Dias esteve recentemente no programa “Para Si”, da V+ TVI, numa conversa conduzida por Ana Rita Clara, onde abordou diversos temas, incluindo memórias de debates que marcaram a sua carreira. Durante a entrevista, transmitida na passada quinta-feira, 28 de novembro, a comentadora revelou que Pedro Guerra foi uma das pessoas com quem mais dificuldade sentiu em debater, devido ao estilo de confronto adotado pelo falecido comentador.
Ao ser questionada sobre a pessoa mais difícil com quem já debateu, Joana Amaral Dias não hesitou em recordar Pedro Guerra: “Não gostei de debater com ele. Tivemos dois ou três debates, até sobre futebol. Às vezes pedem-me para falar de futebol… já o fiz, não é o que mais adoro, mas quando é preciso, desenrasca-se”, contou. Contudo, o que mais marcou Joana foram os “golpes baixos” que, segundo ela, Pedro Guerra utilizava.
Joana Amaral Dias relatou que Pedro Guerra recorria a questões pessoais que nada tinham a ver com os temas em debate, referindo-se inclusive ao seu pai, Carlos Amaral Dias. “Eu não gosto de golpes baixos. Gosto muito de debater à séria. Não gosto de debater currículos, gosto de debater ideias. Não gosto de debater estatutos, gosto de debater conteúdos”, afirmou, destacando a sua aversão a debates que descambem para ataques pessoais ou argumentos irrelevantes.
A psicóloga sublinhou ainda a diferença entre debates construtivos e aquilo a que chamou “politiquice”. Para ela, a verdadeira essência do debate está na troca de argumentos sólidos e ideias fundamentadas: “Não gosto de politiquice, gosto de política com P grande e ideias com I grande. Tudo o que sejam golpes baixos, coisas pessoais, eu repudio”, concluiu.
As declarações de Joana Amaral Dias foram amplamente comentadas nas redes sociais, com muitas reações divididas. Por um lado, houve elogios à sua postura e defesa de debates respeitosos; por outro, críticas por mencionar alguém que já faleceu, mesmo com o cuidado de reconhecer a delicadeza do tema.
Esta entrevista trouxe mais uma vez para o centro do debate a importância da ética nas discussões públicas, um tema que Joana Amaral Dias defendeu com firmeza e que continua a ser amplamente debatido nos meios de comunicação e entre o público.
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