Ciclista português ficou a a 3.57 do vencedor, Matteo Jorgenson
O ciclista norte-americano Matteo Jorgenson sagrou-se, este domingo, bicampeão do Paris-Nice, ao vencer pela segunda vez consecutiva a prova francesa, após a oitava e última etapa. A tirada foi conquistada pelo seu compatriota Magnus Sheffield (INEOS).
Jorgenson iniciou o dia com uma vantagem de 37 segundos na classificação geral e, apesar de não contar com colegas de equipa para o apoiar, conseguiu resistir às investidas das formações rivais. Estas procuraram colocar os seus ciclistas melhor posicionados à prova, forçando o líder a responder aos ataques.
O corredor da Visma-Lease a Bike, contudo, mostrou ser o mais forte nesta 83.ª edição da corrida e decidiu atacar a 26 quilómetros da meta, durante a penúltima subida categorizada do dia. A etapa, com partida e chegada a Nice, teve um total de 119,9 quilómetros.
Jorgenson cruzou a linha de meta na segunda posição, 29 segundos depois de Sheffield, que triunfou com um tempo de 2:48.37 horas. O austríaco Felix Gall (Decathlon AG2R La Mondiale) completou o pódio da jornada, terminando a 35 segundos do vencedor.
Sheffield, emocionado com a sua primeira vitória desde 2022, fez uma vénia a Jorgenson na chegada. O jovem ciclista norte-americano, que em 2023 esteve envolvido na queda trágica da Volta à Suíça que vitimou Gino Mäder, destacou-se pela sua resiliência. “No ciclismo, nunca se pode desistir”, afirmou após a etapa.
Com este triunfo, Jorgenson junta-se a um grupo restrito de ciclistas que conseguiram defender o título no Paris-Nice neste século. Apenas Alexandre Vinokourov (2002 e 2003) e Maximilian Schachmann (2020 e 2021) haviam conseguido tal feito.
Na classificação geral, Jorgenson terminou com uma vantagem de 1.15 minutos sobre o alemão Florian Lipowitz (Red Bull-BORA-hansgrohe) e 1.58 sobre o neerlandês Thymen Arensman (INEOS). Sheffield, com o seu desempenho na etapa final, subiu ao quarto posto, a 2.17 do vencedor.
O português João Almeida (UAE Emirates), que perdeu o apoio do seu colega Brandon McNulty devido a doença, teve dificuldades para acompanhar os favoritos e concluiu a etapa na 13.ª posição, a 1.40 minutos de Sheffield.
Na geral, Almeida, que brilhou ao vencer a quarta etapa, caiu para o sexto lugar, ficando a 3.57 de Jorgenson.
Já Ivo Oliveira (UAE Emirates) cortou a meta na 90.ª posição, a 15.51 minutos do vencedor, encerrando a sua participação no 98.º posto da geral, a 1:15.24 horas. Iuri Leitão (Caja Rural) não concluiu a corrida.
A próxima competição no calendário de João Almeida deverá ser a Volta ao País Basco, que se realiza em abril.