Depois da goleada frente a Espanha, defesa do Benfica já está focada no confronto com as italianas
A Seleção Nacional feminina cumpre este sábado mais uma sessão de preparação tendo em vista o embate frente à Itália, relativo à segunda jornada do Grupo B do Europeu Feminino, que decorre na Suíça. Depois de uma entrada pouco feliz na competição, com uma derrota pesada frente à Espanha (0-5), as comandadas de Francisco Neto concentram-se agora na próxima adversária.
Lúcia Alves, defesa do Benfica, falou em nome da equipa, começando por deixar uma mensagem de solidariedade: “Antes de mais queria mandar um abraço à família do Diogo [Jota] é um sentimento inexplicável, nem quero imaginar a sensação daqueles pais… Um abraço também para Portugal porque é um de nós e sentimos de igual forma”.
Apesar do revés frente às espanholas, a internacional portuguesa mostrou-se confiante: “Sabemos que continuamos a depender de nós, é um jogo complicado, sim, mas estamos preparadas”.
Portugal não enfrenta a seleção italiana há cinco anos. Quando questionada se essa ausência recente de confrontos diretos dificultou a análise ao adversário, Lúcia foi perentória: “Não. Estudamos cada adversário jogo a jogo, de certeza que Itália também nos estudou e estamos preparadas.”
A antiga internacional Mónica Mendes afirmou recentemente que a equipa transalpina está ao alcance de Portugal. Lúcia Alves respondeu com alguma reserva: “Acho que nunca devemos dar nenhum jogo como garantido, Portugal tem as suas forças, Itália também e vamos encarar este jogo para ganhar.”
A jogadora, que teve uma época marcada por lesões — uma em cada joelho, tendo sido submetida a cirurgia ao direito em março — garantiu que está em boas condições físicas: “Faz parte de cada atleta enfrentar estes problemas, estou preparada paras se for mandada lá para dentro ser útil para ajudar a equipa.”
Ainda à espera da sua estreia neste Europeu, depois de não ter sido utilizada frente à Espanha, Lúcia sublinha a sua motivação: “É sempre importante poder entrar no campo e ajudar a equipa. Estou preparada, se assim o professor [Francisco Neto] o decidir.”
Sobre o desaire frente às espanholas, a lateral assegura que o grupo já ultrapassou o episódio: “Fazemos jogo a jogo, o que é passado é passado, estamos é focadas na Itália. É uma equipa muito agressiva, rápida e objetiva, mas também sabemos da nossa qualidade e do que somos capazes, é assim que temos de encarar o jogo.”
Questionada sobre o que Portugal deve evitar frente à formação italiana, Lúcia respondeu de forma determinada: “O principal objetivo é estarmos focadas em nós e dar o nosso melhor, é o que vamos tentar fazer. Se entrarmos no que já passou nenhuma jogadora pode estar preparada, cabeça limpa e focadas no que podemos fazer. Cada jogadora term a sua força e vontade de querer estar la´dentro e ajudar, é algo que me caracteriza muito, estar em campo para dar o máximo.”
Quanto às recentes aquisições do Benfica, com a chegada de Diana Silva e Ana Borges, que se tornarão suas companheiras de equipa, a jogadora preferiu não se alongar: “Não [risos]. Estou focada na Seleção, sem dúvida que é uma ajuda, mas neste momento o que importa é representar Portugal da melhor possível.”