Joaquín Galera Magdaleno, ex-ciclista granadino, faleceu aos 85 anos; destacou-se na década de 60 com vitórias de prestígio e manteve-se ligado ao ciclismo até ao fim da vida.
O ciclismo espanhol está de luto. Morreu, aos 85 anos, Joaquín Galera Magdaleno, uma das grandes figuras do ciclismo espanhol nas décadas de 60 e 70. O anúncio foi feito pela Real Federação Espanhola de Ciclismo, que lamentou o desaparecimento de um nome que deixou marca tanto dentro como fora das estradas.
Natural de Baúl, uma pequena localidade de Baza (Granada), Galera nasceu em 1940 e foi profissional entre 1961 e 1972. O seu maior feito desportivo foi a vitória numa etapa do Tour de França de 1965, uma conquista que o eternizou no panorama internacional. Antes disso, já tinha vencido o Campeonato de Espanha de Montanha em 1964 e voltaria a subir ao pódio em 1965, com um terceiro lugar.
Participou por quatro vezes no Tour (1964, 1965, 1966 e 1969) e em três edições da Vuelta a España, sendo oitavo classificado em 1970. Um percurso sólido e respeitado num dos períodos mais duros e competitivos da história do ciclismo europeu.
Uma vida dedicada ao ciclismo
Mesmo depois de abandonar a carreira, Joaquín Galera nunca se afastou do ciclismo. Organizou, durante mais de 30 anos (entre 1972 e 2004), o Memorial Manuel Galera-Ciudad de Armilla, em homenagem ao seu irmão mais novo, Manuel Galera Magdaleno, também ciclista, que morreu tragicamente durante a Vuelta a Andalucía de 1972. A prova tornou-se um marco no calendário nacional, vencida por nomes como Óscar Sevilla e o lendário José María “Chava” Jiménez.
Com o desaparecimento de Joaquín Galera, despede-se uma geração de ouro do ciclismo espanhol, marcada pela superação, paixão e compromisso com a modalidade.
À família e amigos, as mais sentidas condolências.