“El Loco” faleceu aos 80 anos, após complicações de saúde decorrentes de um acidente
O futebol argentino perdeu esta segunda-feira uma das suas figuras mais carismáticas: Hugo Orlando Gatti, antigo guarda-redes de Boca Juniors e River Plate, morreu aos 80 anos, em Buenos Aires, após quase dois meses internado no Hospital Pirovano, na sequência de um acidente de viação.
De acordo com a imprensa argentina, uma infeção grave contraída esta semana revelou-se fatal, depois de uma cirurgia ao quadril realizada na sequência do acidente.
Conhecido como “El Loco”, tanto pela sua personalidade irreverente como pela forma pouco convencional de jogar e equipar-se, Gatti foi um autêntico revolucionário da baliza. Destacou-se não só pela excentricidade mas também pelo jogo de pés, pela coragem em sair da área e por antecipar muitos dos movimentos que hoje se veem nos guarda-redes modernos.
A carreira profissional começou na década de 60 e terminou em 1988, tendo passado por Atlanta, Gimnasia La Plata, Unión, River Plate e, sobretudo, Boca Juniors, onde viveu os maiores êxitos: duas Taças Libertadores (1977 e 1978), uma Taça Intercontinental (1977) e três campeonatos nacionais.
Internacional argentino, foi convocado para o Mundial de 1966 e para a Copa América de 1975, tendo deixado a sua marca também na seleção, apesar da forte concorrência na posição.
Nos últimos anos, Hugo Gatti manteve-se ligado ao desporto como comentador, dividindo a sua atividade entre a Argentina e Espanha, onde era presença frequente em programas televisivos dedicados ao futebol.
A morte de Gatti representa o fim de uma era para muitos adeptos argentinos, que hoje recordam um dos nomes mais emblemáticos da história do futebol sul-americano.