Técnico brasileiro defende que as ações do jogador do Real Madrid atraem respostas dos adversários
O antigo selecionador do Brasil, Vanderlei Luxemburgo, afirmou esta quarta-feira que Vinícius Júnior não é alvo de racismo no futebol, mas sim de retaliações provocadas pelo seu comportamento em campo. Em declarações ao podcast Benja Me Mucho, Luxemburgo, que já treinou o Real Madrid e o Tianjin Quanjian, defendeu que a conduta do jovem extremo brasileiro do Real Madrid incentiva as reações dos adversários e que este confunde competitividade com discriminação.
“Racismo no futebol é tratado como uma coisa diferente. Eu acho que o Vinícius provoca essa perseguição, faz coisas que não deve”, comentou o treinador de 72 anos, que acredita que Vinícius, ao responder aos adversários de forma provocadora, gera atritos desnecessários. Segundo Luxemburgo, atos como devolver a bola ao chão e rir-se das reações dos oponentes acabam por gerar um clima de tensão.
Ainda sobre a agressividade em campo, Luxemburgo fez uma comparação com Pelé, sublinhando que a dureza no futebol sempre existiu: “Ali, os tipos dão uma porrada no Vinícius Júnior, ele levanta-se e agride o tipo como se ele não pudesse levar uma porrada. Imagina o Pelé, quantas porradas levou”, acrescentou, deixando claro que, para ele, o futebol é um palco de competitividade e não deve ser confundido com um espaço onde qualquer contacto físico seja visto como perseguição ou discriminação.
Estas declarações somam-se ao debate em torno do tratamento de Vinícius Júnior em LaLiga, onde o jovem tem sido alvo de várias situações que, para alguns, são racistas.