Ciclista da neerlandês aproveitou erro Pogačar para vencer o sétimo Monumento da sua carreira
Mathieu van der Poel somou este sábado mais um Monumento ao seu impressionante palmarés, ao vencer pela segunda vez a Milão-Sanremo. O ciclista neerlandês da Alpecin-Deceuninck superou o esloveno Tadej Pogačar, um dos principais favoritos, igualando-o no número de triunfos neste tipo de clássicas.
A equipa Alpecin-Deceuninck celebrou a sua terceira vitória consecutiva na Classicissima, com Van der Poel a completar os 289 quilómetros entre Pavia e Sanremo em 6 horas, 53 minutos e 22 segundos. O italiano Filippo Ganna (INEOS) terminou na segunda posição, deixando Pogačar no terceiro lugar. O trio cortou a meta com uma vantagem de 43 segundos sobre os perseguidores, depois de o esloveno da UAE Emirates ter animado a corrida ao atacar na subida da Cipressa.
Na reta final, Pogačar cometeu um erro estratégico no sprint, permitindo que Van der Poel garantisse a vitória e se tornasse, a par do esloveno, o ciclista em atividade com mais Monumentos conquistados. O neerlandês já tinha vencido a Milão-Sanremo em 2023 e soma ainda triunfos na Paris-Roubaix (2023 e 2024) e no Tour de Flandres (2020, 2022 e 2024). Por sua vez, Pogacar contabiliza quatro vitórias na Volta à Lombardia, duas na Liège-Bastogne-Liège (2021 e 2024) e uma no Tour de Flandres (2023).
“É difícil de acreditar. Estava focado em conseguir a vitória, mas sabíamos que o Tadej ia estar muito forte. Senti-me muito bem no final”, afirmou Van der Poel, explicando que lançou o sprint mais cedo para surpreender o adversário.
A mais longa prova da temporada manteve o seu perfil tradicional, com uma fuga inicial de oito ciclistas desconhecidos a animar os primeiros quilómetros. A Alpecin-Deceuninck assumiu grande parte do trabalho de perseguição, determinada a repetir o sucesso do ano anterior, quando Jasper Philipsen venceu a corrida.
A INEOS endureceu o ritmo a cerca de 60 quilómetros da meta, reduzindo rapidamente a vantagem dos fugitivos, que chegaram a ter mais de quatro minutos de avanço. Philipsen, que sofreu uma queda na Nokere Koerse dias antes, ainda teve de trocar de bicicleta e fez um esforço adicional para recuperar posições, mas acabou por pagar o preço desse desgaste.
Na subida da Cipressa, a fuga chegou ao fim e o ritmo elevado ditou a eliminação de alguns candidatos, incluindo o vencedor do ano passado. Pogačar, mal posicionado no início da subida, não hesitou em colocar o seu plano em prática e atacou a mais de 24 quilómetros do fim, levando consigo apenas Van der Poel e Ganna, que se tornariam os protagonistas do pódio.
O esloveno tentou distanciar Van der Poel no Poggio com várias acelerações, conseguindo apenas afastar momentaneamente Ganna. O neerlandês contra-atacou antes do final da subida, mas sem sucesso, e os dois favoritos enfrentaram juntos a descida rumo à meta. No entanto, Ganna mostrou a sua força como especialista em contrarrelógio, recuperou os 20 segundos de atraso e conseguiu bater Pogačar no sprint para garantir o segundo lugar.
🔥 Tadej tried to drop Mathieu
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🔥 Mathieu tried to drop Tadej
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