Ex-internacional nigeriano faleceu aos 61 anos, vítima de doença prolongada
Peter Rufai, antigo guarda-redes do Farense e uma das maiores figuras da história do futebol nigeriano, faleceu esta quinta-feira, aos 61 anos, vítima de uma doença prolongada. A informação foi confirmada por diversos meios de comunicação na Nigéria.
Conhecido como “O Príncipe”, por ser descendente de uma família real nigeriana, Rufai destacou-se como um dos mais carismáticos e talentosos guarda-redes africanos da década de 90. Representou a Nigéria em dois Campeonatos do Mundo (1994 e 1998) e foi peça-chave na conquista da Taça das Nações Africanas em 1994.
Figura marcante do Farense europeu
Em Portugal, Peter Rufai marcou uma era no Farense, entre 1994 e 1997. Esteve presente na fase mais gloriosa da história do clube algarvio, ajudando-o a alcançar um inédito apuramento para as competições europeias. Partilhou balneário com nomes como Djukic, Hassan, Hajry, King, Miguel Serôdio, Jorge Soares, Portela e Paixão.
A sua presença imponente, segurança entre os postes e carisma ímpar conquistaram rapidamente os adeptos, que o viam como um símbolo de confiança e inspiração.
Após a passagem por Faro, ainda atuou uma temporada pelo Gil Vicente, encerrando assim o seu percurso no futebol português.
Uma lenda da “geração dourada” da Nigéria
Rufai integrou a célebre geração de ouro da Nigéria, ao lado de figuras como Jay-Jay Okocha, Kanu, Yekini, Amunike, Finidi e Oliseh. Com mais de 60 internacionalizações, foi um dos pilares da seleção nigeriana nos anos 90 e é lembrado como um dos melhores guarda-redes africanos de sempre.
A sua morte deixa um vazio profundo no futebol nigeriano e nos adeptos que o viram brilhar em Portugal, especialmente nas noites memoráveis em Faro.