O acidente que envolveu Jorge Martín no GP do Qatar de MotoGP marcou a corrida e deixou Fabio Di Giannantonio visivelmente abalado.
O italiano, que acabou por estar involuntariamente ligado à queda do campeão, mostrou-se preocupado com o estado de saúde do adversário e não escondeu o choque com o incidente.
O GP do Qatar de MotoGP, no circuito de Lusail, ficou marcado quando Jorge Martín foi violentamente projetado após um toque na roda dianteira da moto de Fabio Di Giannantonio. O italiano, que seguia de perto o piloto da Aprilia, explicou que o contacto surgiu depois de ter sido empurrado por Álex Márquez, numa sucessão de acontecimentos em cadeia.
Absolute heartbreak 💔
— MotoGP™🏁 (@MotoGP) April 14, 2025
Sending our best wishes to our Champ @88jorgemartin on his recovery after this one 🦾
📋 The final medical check showed six fractures on the right posterior arches and he will remain under observation at the hospital until the pneumothorax resolves. pic.twitter.com/lq9ATFIJgL
“Antes de mais nada, sei que ele está bem — digamos assim”, começou por afirmar Di Giannantonio, já depois de Martín ter sido transferido para o hospital para exames adicionais, após uma primeira avaliação no centro médico do circuito. “Estão a verificar se está tudo em ordem, mas ele parece estar bem no geral, e isso é o mais importante. Tivemos muita sorte no nosso campeonato.”
O italiano, visivelmente emocionado, descreveu os momentos críticos que antecederam o acidente: “Ele estava à minha frente, alargou um pouco a trajetória da curva. Eu estava muito próximo, a tentar ultrapassá-lo. Quando ele caiu, o corpo dele ficou mesmo em frente à minha moto. Íamos a cerca de 200 km/h — se não fosse 200, era 160 ou 180 —, numa curva muito rápida, e atingi-o. Foi na entrada da curva 13. Não tinha por onde escapar.”
❤️🩹 @marcmarquez93's heartfelt recovery message to @88jorgemartin #QatarGP 🇶🇦 pic.twitter.com/nk9Wwp2XzV
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Apesar de ter continuado em pista, Di Giannantonio confessou que correu o resto da prova com o pensamento fixo em Martín. “Estava a atacar, mas só pensava nele. Estava mesmo com muito medo. No final da corrida, parei em frente à garagem dele porque queria saber se ele estava bem. Isso era o mais importante naquele momento.”
Martín ficou estendido na zona de escapatória durante vários minutos e teve de ser evacuado pela equipa médica. Di Giannantonio, a acompanhar tudo pelos ecrãs da pista, não escondeu o desconforto por ver a corrida seguir sem interrupção. “Fiquei arrepiado. Foi, sinceramente, a pior cena da minha vida. A queda foi muito forte e ele continuava no chão. Estava a olhar para os ecrãs, à espera de ver se ele estava bem. Ele ainda não se mexia e eu pensava: ‘Temos de ver se ele está bem’. Felizmente, acabou por estar e não foi necessário mostrar a bandeira vermelha. No final, tudo acabou por correr bem.”
O incidente traz à memória vários episódios na história do MotoGP, sobretudo quando os contactos envolvem a roda dianteira — uma das situações mais delicadas da modalidade. A rápida reação da equipa médica evitaram um desfecho mais grave para um episódio que ficará certamente na memória de todos os que assistiram à prova.
Jorge Martín tem agora mais um período de recuperação pela frente. Os fãs do piloto e da modalidade esperam que esta seja a mais curta possível.