Piloto da Prima Pramac revela: “Acredito que cresci bastante a nível técnico e sou um piloto mais completo”
Miguel Oliveira que se mudou recentemente para a Prima Pramac, afirmou nesta quarta-feira estar confiante de que enfrentará os testes de pré-época do Mundial de MotoGP de 2025, na Malásia, completamente recuperado das lesões sofridas no braço direito, após um acidente em setembro.
“Tive uma recuperação muito boa do pulso. Ainda há arestas a limar, sobretudo quanto a algum edema, mas, com dois meses para recuperar, são coisas que certamente irão melhorar e vou chegar a mais de 100% a Sepang. Esse é o objetivo”, disse o piloto de 29 anos, durante um evento de um patrocinador, no Porto.
O piloto de Almada esteve ausente em cinco corridas no final da época passada, enquanto representava a Trackhouse, equipa satélite da Aprilia. A ausência foi consequência de uma queda sofrida nos treinos livres do Grande Prémio da Indonésia, a 15.ª etapa de um total de 20 no calendário do Mundial.
“Há certos momentos em que é muito frustrante, até porque não conseguimos fazer absolutamente nada, senão esperar e ser pacientes. [A recuperação] É um processo e as pequenas vitórias nas coisas do dia a dia ajudam-nos bastante a subir o moral. Apesar de ter visto cinco corridas no sofá e ser um período com altos e baixos, a tendência é essa”, confessou.
Após uma operação bem-sucedida ao braço, Miguel Oliveira voltou às pistas a 17 de novembro, encerrando a temporada no Grande Prémio de Barcelona, onde alcançou a 12.ª posição. Foi também a sua despedida da Trackhouse, terminando o campeonato em 15.º lugar com 75 pontos, distante do campeão Jorge Martín (Ducati), que somou 508 pontos.
“Há sempre receio. Estaria a mentir se dissesse que fui para a última corrida com 200% de certeza de que tudo ia correr bem e ainda sabia andar de mota. Há sempre pequenas nuances que, por estarmos tanto tempo afastados, nos criam algumas incertezas. Agora, fui rápido logo no primeiro treino e consegui desbloquear muita coisa ao longo daquele fim de semana. Voltar a competir foi uma evolução a nível psicológico para mim. Fiquei muito contente pela minha prestação e condição física, face às limitações todas que tive para treinar”, relembrou.
Agora focado em recuperar o ritmo após os desafios do último trimestre de 2024, Miguel Oliveira prepara-se para estrear a sua sétima temporada no MotoGP e a primeira pela Prima Pramac, a equipa oficial da Yamaha, após duas temporadas ao serviço da Trackhouse.
“Como se como se viu nos últimos dois anos, nem tudo está dependente de mim. Apesar de ser um desporto individual, tem uma vertente coletiva muito preponderante. A equipa e a máquina não podem falhar, tal como aconteceu várias vezes nestas últimas épocas. Acredito que cresci bastante a nível técnico e sou um piloto mais completo. Isso vai ajudar-me a fazer esta transição para a nova mota de uma forma mais natural”, analisou o piloto português.
A pré-época do MotoGP terá início em Sepang, entre 5 e 7 de fevereiro de 2025, após três dias dedicados a estreantes e pilotos de teste. Seguir-se-ão sessões em Buriram, Tailândia, nos dias 12 e 13 de fevereiro.
A 77.ª edição do Campeonato do Mundo de MotoGP decorrerá entre 2 de março e 16 de novembro, com passagem pelo Autódromo Internacional do Algarve, em Portimão, no dia 9 de novembro, penúltima etapa do calendário provisório divulgado pela promotora Dorna.