Palavras proferidas numa entrevista à Betano Mag
Entusiasmado com o FC Porto: “Na verdade, não tive qualquer dúvida e não estou a dizer para “vender a moto” [expressão espanhola usada quando alguém tenta fazer crer outra pessoa de que uma coisa tem mais valor do que realmente tem]. Quando surgiu a oportunidade, não duvidei. Além de ser um clube enorme e com uma grande história, é um clube que exigente muito de ti e muita gente já me tinha alertado disso. Para um jovem como eu, com 21 anos, era o que necessitava, essa exigência diárias nos treinos, dos adeptos, da equipa técnica e acho que cresci muito neste primeiro ano.”
Primeiro ano de azul e branco: “Foi um ano de enorme aprendizagem. Evoluí imenso desde os primeiros jogos em todos os sentidos, fisicamente, taticamente, mentalmente. Melhorei muito. Foi o ano que mais cresci, tanto nível pessoal como futebolisticamente.”
Analise ao futebol português: “Penso que não tinha noção, afinal joguei dois anos na liga espanhola, era do nível físico das equipas. A exigência física aqui é mesmo superior à da liga espanhola. Lá, possivelmente, há jogadores com mais qualidade, mas fisicamente é superior aqui. Isso favoreceu-me bastante porque melhorei a esse nível.”
Taça de Portugal como primeiro título: “Tinha dúvidas sobre o que sentiria ao ganhar um título. As pessoas não têm consciência da importância que isso tem para nós, jogadores, os títulos. Há jogadores que não tiveram essa sorte. Quando ganhas um título é uma sensação de eternidade, vai ficar para sempre. Deste algo ao clube e vai ficar para sempre. Tive a sorte de ter vivido outro momento muito especial na Supertaça. Esses dois títulos, dentro de 20 anos, pode ser que não conquistei mais nenhum, ou que conquistei mais 20, mas estes no FC Porto vão ficar para sempre. Ninguém mos pode tirar.”
Supertaça: “Foi muito emocionante. Era o primeiro jogo da temporada e logo um final, dá uma pressão extra. Começámos a perder, penso que não era o resulto justo, tivemos algumas ocasiões no início, e não estávamos a ser piores do que eles. Mas não me queixo de ter começado 0-3 e termos conseguido a reviravolta. “
Início de época: “Não sei que expectativas as pessoas tinham de mim. Eu tinha a de de ganhar o primeiro título e estar na luta pelo título. Perdemos em Alvalade e, sendo honesto, o Sporting mereceu mais vencer esse jogo do que nós. Mas estamos no bom caminho, a jogar bom futebol e tenho a certeza que estaremos na luta pelo campeonato.”
Pessoal: “Sinto-me muito bem, confortável, estou com melhores números do que nunca, a marcar e a assistir, e espero continuar assim.”
Objetivos em termos de golos? “Isso fica para mim, não quero dizer números. Mentalmente, tenho as minhas metas e números que gostaria de atingi, mas não quero partilhar.”
Balneário: “Muito bom. No ano passado já era muito bom, havia muita união, e este ano é igual. Relacionamo-nos bem todos, os treinos são intensos, mas também divertidos. E isso nota se no campo. “
Objetivo principal: Sem dúvida, a Liga portuguesa, isso qualquer um de nós dirá, do presidente ao treinador, passando pelos jogadores. É algo que merecemos, o FC Porto já leva dois anos sem ganhar e este ano vai acontecer.”
Manchester United: “Um jogo contra o Manchester United em casa é incrível, é muito especial. É talvez a equipa mais histórica de Inglaterra e uma das mais históricas do mundo. Cada jogo contra equipas tão importantes, o impacto que uma vitória ou um jogo muito bom pode ter é multiplicado por dez. Iremos até à morte em todos os jogos, mas é obviamente muito especial.”
Novo modelo da Liga Europa: Estamos todos um pouco na expectativa para ver como funciona e mais ou menos quantos pontos e vitórias são precisas para passar. Pessoalmente, gosto do facto de jogar contra mais equipas e de nível muito alto. Serão testes para nós que nos irão ajudar a crescer.”
Objetivos na competição: “Ganhá-la, sem dúvida.”
Final jogada em Espanha, dá motivação extra? “Sinceramente, não, porque ganhar a Liga Europa, uma prova europeia, será igual, seja onde for a final. A motivação é máxima, mas é um estádio onde já tive a oportunidade de jogar, é muito deslumbrante, dos mais bonitos de Espanha e, obviamente, ficaria encantado se pudesse vencer a prova ali.”
Apoio dos adeptos: “É sempre importantíssimo, apoiam imenso, empurram e creio que nós estamos a dar-lhes razão para continuarem a apoiar durante todos os jogos. Somos os primeiros que temos de empurrar e eles dão-nos muito e ajudam a vencer.”