“Nunca vi um presidente tão motivado para recolocar o clube que ama no topo”, elogia o técnico
O novo treinador do FC Porto, falou aos meios de comunicação do clube e não escondeu a paixão pelo jogo e pela forma como o encara. Com um discurso convicto, partilhou a base filosófica que sustenta o seu modelo de jogo e a forma como encara o desafio que tem pela frente.
“Acredito que o futebol é, acima de tudo, uma questão de gosto”, começou por afirmar. Esta é, aliás, a frase que dá título à sua tese de final de curso como treinador. Para o técnico, o futebol deve ser vivido de acordo com aquilo em que se acredita, com o que nos move e nos emociona.
A proposta de jogo que traz assenta num estilo corajoso, ambicioso e determinado. “O futebol que eu proponho é aquele que mais se aproxima das minhas ideias, da minha forma de ser, um futebol bravo construído pelo desejo de ser protagonista e de colocar todas as cartas em cima da mesa. Essa é a lógica por trás de cada decisão tática”. explicou. E sublinhou: “A parte tática é fundamental, mas não é tudo. Acredito que a mentalidade e a união estão acima de tudo, porque todos os treinadores trabalham muito, mas é nisso que nos podemos distinguir.”
Com um olhar já voltado para o futuro, o novo líder técnico realçou a importância de criar uma cultura de entrega e compromisso. “Queremos construir uma mentalidade e incutir o desejo de dar tudo. Isso para mim é inegociável, porque nós passamos muitas horas a trabalhar e não podemos ir para casa com o arrependimento de não termos dado tudo.”
O técnico também fez questão de destacar a forma como foi recebido e a ligação imediata com a estrutura do clube. “Nunca vi um presidente tão motivado para recolocar o clube que ama no topo. Tivemos uma conexão instantânea e o meu desejo é limpar as más energias, porque uma época nova nem sempre é uma página em branco.”, revelou o técnico italiano.
No entanto, alertou para o facto de que um novo início não apaga automaticamente as marcas da época anterior. “Em três semanas não é possível limpar tudo e eu acho que é bom termos consciência das coisas que nos fizeram sentir dor. Temos que trabalhar muito, muito mesmo, e logo veremos até onde vamos.”, disse.
A receita para alcançar os objetivos é clara e assenta no compromisso coletivo: “Só há uma forma de competir pelo que queremos, é um trabalho diário dos jogadores, do clube, da equipa técnica, dos adeptos e da cidade.”, apontou.
Com a pré-época prestes a arrancar, o treinador deixou uma última nota de confiança: “Essa é a chave e este é o momento para verificar, analisar e começar a trabalhar para construir uma equipa já a partir do dia 11. Vamos estabelecer as nossas bases e depois veremos quantos andares conseguimos construir em cima delas.”