Netflix entra na corrida para financiar e transmitir a reedição do supercombate, apontada para março ou abril de 2026. Em 2015, o duelo gerou cerca de 636 milhões de euros em receitas diretas.
Negociações em curso
Floyd Mayweather e Manny Pacquiao voltaram à mesa das negociações para um rematch histórico. O plano passa por realizar o combate na primavera, com datas em estudo para março ou abril. A Netflix, novo interveniente de peso no boxe, está disponível para assumir o investimento e a difusão global.
A força do precedente
O primeiro duelo, em 2015, fixou marcas comerciais inéditas. Foram vendidos 4,4 milhões de pay-per-views nos Estados Unidos. As receitas ultrapassaram 500 milhões de libras em PPV e 55 milhões em bilheteira, o que equivale hoje a cerca de 573 milhões de euros em compras televisivas e 63 milhões de euros em ingressos. No total, perto de 636 milhões de euros.
Netflix quer o palco principal
A plataforma tem acelerado a presença no boxe com audiências massivas. Jake Paul venceu Mike Tyson num evento que terá superado os 100 milhões de espectadores. A vitória de Terence Crawford sobre Canelo Álvarez somou cerca de 43 milhões de visualizações. Para 14 de novembro está marcado Paul vs Gervonta Davis em formato de exibição.
Cartas de Mayweather e Pacquiao
Mayweather, 48 anos, retirou-se oficialmente após bater Conor McGregor em 2017. Desde então tem realizado exibições com profissionais, lutadores de MMA e criadores digitais. Chegou a assinar uma exibição com Mike Tyson para 2026, cenário que pode ser revisto caso o reencontro com Pacquiao avance. Não está definido se colocará o 50-0 profissional em jogo ou se optará por outra exibição.
Pacquiao, 46 anos, regressou aos ringues em julho para disputar o título WBC contra Mario Barrios, depois de quatro anos de paragem. O combate terminou empatado e o filipino garantiu que vai continuar ativo. Paralelamente, foi nomeado vice-presidente da IBA Pro.
Um palco possível: IBA Pro
A IBA Pro, estrutura profissional associada à antiga AIBA, perdeu o reconhecimento olímpico em 2023, mas mantém atividade e já manifestou abertura para acolher o combate. O diretor-geral Al Siesta afirmou que a organização “acolheria com honra” Mayweather vs Pacquiao e que pretende “construir pontes” no ecossistema do boxe.
O que falta decidir
Formato, regras e local continuam em discussão. A decisão central passa por perceber se o combate contará para o registo profissional de Mayweather ou se manterá a lógica de espetáculo. Com a Netflix preparada para financiar e um histórico comercial sem paralelo, a reedição volta a ganhar tração no calendário de 2026.
Perguntas rápidas
Quando pode acontecer a luta?
Entre março e abril, sujeito a confirmação oficial.
Quem transmite?
A Netflix está a negociar o financiamento e a transmissão global.
Conta para o registo de Mayweather?
Ainda não está definido se será combate profissional ou exibição.
Por que interessa tanto?
O primeiro duelo gerou cerca de 636 milhões de euros e quebrou recordes de PPV e bilheteira.







