Ex-jogador do Sporting explica em entrevista como o luto o levou a mudar de vida e seguir a sua paixão pela pesca
Há três anos, Fábio Coentrão deu um passo decisivo na sua vida ao abandonar o futebol profissional para se dedicar ao mundo da pesca. No entanto, o ex-jogador do Sporting revelou, em uma recente entrevista a Manuel Luís Goucha, que a decisão de deixar o futebol não foi algo repentino, mas sim o resultado de um processo pessoal que se iniciou 11 anos atrás, com a perda do seu pai, Bernardino Coentrão, vítima de uma doença prolongada. O impacto desta perda foi tão grande que, segundo Fábio, ele perdeu o gosto pelo futebol, passando a pensar no seu futuro longe dos campos.
“Desde que o meu pai faleceu, eu perdi o gosto do futebol e a minha mente foi logo, ‘vou preparar o meu futuro porque não é isto que eu quero'”, afirmou Fábio, explicando que foi nesse momento que começou a refletir sobre o que realmente queria para a sua vida. A paixão pela pesca, que sempre acompanhou desde a infância, foi a chave para a sua mudança. “Eu já sabia que queria seguir o mundo da pesca”, confessou. Contudo, foi somente após o luto que ele percebeu que o futebol já não o satisfazia, dando-lhe o impulso necessário para seguir um novo caminho e buscar a sua felicidade em outra área.
Fábio Coentrão não descartou completamente o futebol, deixando claro que ainda mantém uma ligação ao desporto. “Eu gosto de futebol, eu vejo futebol, acompanho futebol”, afirmou o ex-jogador, sublinhando que continua a ser fã do “Desporto-Rei”. No entanto, ele destacou que a sua prioridade passou a ser a pesca. “Senti que tinha que me dedicar a este meu mundo novo, aprender, porque claro que eu sabia alguma coisa, mas era um novato nesta vida”, explicou. Com a sua nova paixão, Fábio se dedicou de corpo e alma ao negócio, investindo tempo e esforço para aprender mais sobre a indústria, focando-se nos próximos passos de seu projeto.
Embora a pesca tenha sido uma escolha difícil de se concretizar, Fábio Coentrão admite que foi uma mudança que o fez feliz. Ele reconhece que o processo de adaptação não foi simples, mas acredita que tomou a decisão certa para o seu bem-estar emocional e psicológico. “Eu gosto de viver. E procuro sempre a minha felicidade”, disse, enfatizando que essa busca o levou a focar-se naquilo que realmente o fazia sentir-se bem consigo mesmo. A transição da vida de jogador de futebol para empresário na área da pesca tem sido um desafio, mas Coentrão acredita que é uma mudança que valeu a pena.
Embora tenha deixado o futebol profissional, Fábio Coentrão tem, como ele mesmo diz, uma relação de proximidade com o desporto, especialmente com a seleção nacional e com os principais jogos do futebol europeu. Em uma entrevista anterior ao jornal Record, Fábio destacou que, apesar de já não jogar, o futebol continua a fazer parte da sua vida e é algo que ele acompanha com o mesmo interesse de sempre. Assim, Coentrão segue em frente com um novo projeto, mas sem nunca esquecer a sua paixão pelo futebol, embora sua nova vida seja dedicada ao mar e à pesca.