Recém-eleito Papa Leão XIV, o norte-americano Robert Prevost não é apenas um novo rosto à frente da Igreja Católica — é também alguém com hábitos simples, memórias fortes e paixões discretas. Uma delas é o ténis, um desporto que pratica há anos e que o ajuda, como já confessou, a manter o equilíbrio e a clareza.
“Considero-me um verdadeiro tenista amador”, partilhou, ainda como cardeal, numa entrevista à Ordem de Santo Agostinho. “Desde que saí do Peru, tive poucas oportunidades de jogar, mas estou ansioso por poder voltar aos courts.” O agora Papa Leão XIV mantém viva essa paixão, mesmo que o peso do Vaticano torne cada vez mais rara a hipótese de agarrar numa raquete.
Uma Jornada inesquecível em Lisboa
Outro momento marcante da sua caminhada espiritual foi a participação nas Jornadas Mundiais da Juventude em Lisboa, em 2023, onde acompanhou de perto o Papa Francisco. “Foi um privilégio estar com ele e ver milhares de jovens a procurar experiências que os ajudassem a viver a fé”, recorda, sublinhando que essa vivência o marcou profundamente.
Para Leão XIV, a prioridade da Igreja deve ser partilhar a Boa Nova com autenticidade e entusiasmo — uma visão em linha com a energia que sentiu em Lisboa. “A nossa missão não é apenas procurar vocações, mas viver o Evangelho com alegria.”
Um líder com alma de pastor
Aos 69 anos, o novo Papa apresenta-se como um defensor da escuta, da compaixão e da humildade, traços que o aproximam de Francisco, embora com um posicionamento mais conservador em algumas matérias sociais.
Durante a sua missão como bispo no Peru, viveu desafios difíceis, incluindo denúncias ligadas a abusos sexuais que ainda estão sob investigação do Vaticano. Sobre isso, Leão XIV tem sido claro: “Não podemos fechar a porta da Igreja a quem sofreu. Temos muito a aprender.”
Simples, direto e próximo
Apesar da enorme responsabilidade que agora assume, Papa Leão XIV continua a valorizar os momentos de simplicidade — seja numa conversa franca, num gesto de compaixão ou num jogo de ténis.
Discreto, mas firme nas convicções, deixa um sinal claro: o novo pontificado será feito de continuidade, proximidade… e humanidade. Porque, como ele mesmo disse, “ser um bom pastor é caminhar com o povo — não acima dele”.