As buscas estão a decorrer nos estádios da Luz, Dragão e Alvalade, nos escritórios das respectivas SAD’s, casas de dirigentes e mesmo de alguns jogadores.
A Operação Fora de Jogo é o maior processo na história do fisco português no universo do futebol, decorre há vários anos, conta já com dezenas de arguidos ligadas ao mundo dos negócios do futebol e em causa estão crimes de evasão fiscal.
A megainvestigação que levantou um autêntico tsunami no futebol português, com a realização de perto de 100 buscas às SAD dos maiores clubes, futebolistas, empresários, entre eles o superagente Jorge Mendes e ainda escritórios e casas de advogados.
O processo é dirigido pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) e no terreno estão elementos da Direção de Serviços de Investigação da Fraude e de Ações Especiais.
Os investigadores procuram elementos de prova de desvios de dinheiro e ocultação de rendimento em contratos de transferências de jogadores.
O esquema passará pela introdução de terceiros no negócio, entre as SAD dos clubes, os jogadores e os agentes. Empresas, muitas vezes com sede no estrangeiro, passam faturas de prestação de serviços de intermediação que, para as autoridades, não existiram. Desta forma, artificialmente os custos do negócio são aumentados, o que faz diminuir o valor tributável em sede de IVA e IRC.
Segundo a imprensa a Operação Fora de Jogo abrange um total de 500 milhões de euros de negócios.
A primeira parte da operação foi realizada em março de 2020 e incluiu 70 buscas que deram corpo às suspeitas da existência de prestações de serviços forjadas na intermediação na negociação de contratos de jogadores, quer na compra quer na venda.
Na primeira fase do processo, em 2020, foram alvo de buscas Benfica, F. C. Porto, Sporting, Sp. Braga, V. Guimarães, Portimonense, Estoril e Marítimo, assim como as residências dos líderes dos quatro grandes e casas e escritórios de Jorge Mendes.