Pilotos reclamam por alterações no GP do Mónaco

Max Verstappen (Fonte Instagram Max Verstappen)

Max Verstappen (Fonte Instagram Max Verstappen)

Queixam-se da prova ser demasiado “aborrecida”

Se não fosse pelo arrepiante acidente acidente logo na primeira volta (felizmente sem consequências para os pilotos) o Grande Prémio do Mónaco de ontem teria sido um enorme tédio. Durante 78 voltas, não houve alterações na classificação entre os 10 primeiros, com o ritmo a ser ditado pelo carro da frente, neste caso o Ferrari de Charles Leclerc, que venceu a sua primeira corrida em casa. No final, os pilotos exigiram que haja alterações num dos mais antigos grandes prémios do calendário mundial, tudo em prol do espetáculo.

A verdadeira competição acontece na qualificação, pois é aí que a corrida quase sempre se decide. Como é muito difícil fazer ultrapassagem por força do circuito citadino, com entradas demasiado sinuosas, a utilização dos mesmos pneus de início ao fim da corrida é a estratégia adotada pela maioria das equipas.

Max Verstappen, que no sábado não conseguiu ir além do 6.º lugar, terminou a corrida em 6.º e durante a prova não disfarçou a sua frustração. “F…-se, isto é aborrecido, devia ter trazido a almofada”, desabafou pelo rádio o piloto neerlandês, tricampeão mundial.

Após a prova, Verstappen não escondeu o seu desagrado. “De uma forma geral este fim de semana é muito bom, mas o domingo infelizmente é um bocado aborrecido, embora o cenário seja fantástico. Se pudermos mudar esta corrida, por que não? Para mim seria o melhor a fazer. Ninguém quer desgastar os pneus, porque não se consegue ultrapassar, por isso torna-se aborrecido. O que é uma pena.”

Quanto a Lewis Hamilton, da Mercedes, está de acordo. “Isto não foi nada agitado. Toda a gente pilotou tão devagar que não importava o tipo de pneus que cada um tinha no carro. Estávamos segundos abaixo do ritmo! Não sei como foi ver de fora, mas tenho a certeza que deve ter havido gente a adormecer.”

Já Lando Norris, da Mclaren que iniciou e terminou a prova na quarta posição, comunga da mesma opinião “Estás a pilotar na terra de ninguém, sem fazer nada. Não sentes que tens objetivos, é sempre assim no Mónaco.”

Por último George Russell, da Mercedes, asseverou que neste tipo de circuitos deveriam ser tomadas medidas para tornar a corrida mais emotiva e deixa uma sugestão: “Devia haver paragens obrigatórias”.

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