No seu novo livro Azul Até ao Fim que será lançado no domingo
Jorge Nuno Pinto da Costa, no seu novo livro Azul Até ao Fim, aborda as dificuldades financeiras que o FC Porto enfrentou na temporada 2021/2022, revelando que a situação obrigou à venda de Luis Díaz em janeiro. O antigo presidente do clube portista atribui à pressão exercida por Sérgio Conceição a responsabilidade por duas contratações que considera desastrosas: Zé Luís e Nakajima.
Segundo um trecho da obra, refere que o clube ficou numa posição financeira delicada devido a estas duas aquisições, colocando em risco a participação do FC Porto nas competições da UEFA. “Ficámos, a dois dias do prazo dado pela UEFA, num dilema – ou vendíamos o passe de um jogador ou não íamos às competições europeias. Esta segunda solução, para mim, era inaceitável. Já tinha avisado os meus colegas que se tal acontecesse me demitiria. (…) Essas dívidas eram fundamentalmente por dois atos de gestão ruinosos: a compra do José Luís e do Nakajima. Não servia de desculpa a pressão que o treinador [Sérgio Conceição] nos fez para a compra desses jogadores, porque os culpados fomos nós em ceder a essa pressão”.
Numa tentativa de solucionar o problema financeiro, o clube recebeu várias propostas por diferentes jogadores. “Tínhamos então de negociar um jogador e fomos para o mercado. Recebemos propostas pelo Vitinha, pelo Fábio Vieira e pelo Taremi, que considerei lamentáveis pois eram autenticamente um aproveitamento da nossa situação”, lamenta o ex-dirigente.
No final, a saída de Luis Díaz foi a única solução viável. “Restava o interesse de alguns clubes pelo Luis Díaz – Liverpool, Tottenham, Newcastle, Barcelona. O que nos apresentou melhor melhores condições foi o Liverpool, e foi aquele que o jogador preferiu e aceitou. Foi uma saída de um excelente jogador mas infelizmente inevitável”.