Investigação prende-se com suspeitas de corrupção
A Polícia Judiciária (PJ) realizou esta terça-feira buscas na sede da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e em mais de 20 locais distintos, conforme confirmou Luís Neves, diretor nacional da PJ.
De acordo com a SIC, a investigação está relacionada com suspeitas de corrupção, recebimento indevido de vantagens, participação económica em negócio e fraude fiscal qualificada. A apuração dos factos teve início em 2021 e concentra-se em transações imobiliárias realizadas entre 2016 e 2020, durante o mandato de Fernando Gomes na presidência da FPF e a gestão de Tiago Craveiro como diretor-geral (2012-2022), com especial enfoque na venda da antiga sede da federação, localizada na Praça da Alegria, em Lisboa.
À saída das instalações da PJ, Luís Neves esclareceu os jornalistas sobre a operação: “Isto tem a ver com a venda da antiga sede da FPF. Envolve suspeitas de corrupção, recebimento indevido de vantagem e fraude fiscal. Cumprimos hoje 20 buscas a pessoas singulares, coletivas e a sociedades de advogados”.
O diretor nacional da PJ recusou-se a revelar os nomes dos suspeitos, afirmando: “Não conheço os pormenores, porque o diretor nacional da PJ não deve conhecer todos os pormenores das investigações. O inquérito está sediado no DIAP [Departamento de Investigação e Ação Penal] de Lisboa, é tudo o que vos posso dizer”.