A acesa rivalidade entre as seleções do Brasil e da Argentina parece ter ficado circunscrita aos compromissos internacionais. Após o turbulento encontro de qualificação para o Mundial, onde a Argentina goleou o Brasil por 4-1, um gesto entre os internacionais Raphinha (Brasil) e Rodrigo De Paul (Argentina) demonstrou que a competição clubística pode unir mesmo os maiores rivais.
O momento de fair-play aconteceu no final da partida entre o Barcelona e o Atlético Madrid, a contar para a Taça do Rei, que terminou com a vitória dos catalães por 1-0, garantindo-lhes um lugar na final da competição. Logo após o apito final, o extremo brasileiro Raphinha esperou pelo médio argentino Rodrigo De Paul.
Os dois jogadores, que foram adversários diretos no recente e polémico clássico sul-americano, protagonizaram um momento que rapidamente se tornou viral nas redes sociais. Raphinha e De Paul trocaram as suas camisolas, um gesto comum no futebol, mas que ganhou especial significado tendo em conta o contexto da rivalidade entre as suas seleções. Para selar o momento de cordialidade, os atletas abraçaram-se, demonstrando respeito mútuo para além das cores das suas seleções.
Este gesto contrasta com a tensão que marcou o final do mês passado, quando as seleções brasileira e argentina se enfrentaram. Antes desse encontro, Raphinha havia proferido declarações inflamadas, afirmando que o Brasil iria dar “porrada” na Argentina. As palavras do jogador do Barcelona não caíram bem no lado argentino, com Rodrigo De Paul a responder: “Não acontece nada em relação ao que o Raphinha falou, fica dentro de campo. Fizemos o que tínhamos que fazer lá. Nunca desrespeitámos ninguém. Fomos desrespeitados durante todos estes anos.”
Apesar das palavras fortes trocadas no âmbito da rivalidade entre seleções, o abraço e a troca de camisolas entre Raphinha e De Paul demonstram que o respeito entre os jogadores prevalece no contexto dos seus clubes. O momento serve como um exemplo de desportivismo e fair-play, mostrando que a paixão pelo futebol pode coexistir com a camaradagem entre atletas, mesmo quando defendem cores rivais a nível internacional.