Declarações do treinador português em entrevista ao podcast The Premier Pub, da DAZN
Ruben Amorim, treinador do Manchester United, revelou em entrevista ao podcast The Premier Pub, da DAZN, que passará o Natal a trabalhar, focado no próximo jogo contra o Wolverhampton, marcado para 26 de janeiro. O técnico explicou a sua decisão de não estar com a família no feriado: “[Com quem vai passar o Natal?] Com ninguém, vou ficar a trabalhar e prefiro que os meus filhos passem o Natal em Portugal. É também com a família, eu vou ficar a trabalhar, focado no jogo de dia 26. Não há problema nenhum, faço um Face Time e eu acho que fico bem. Importante é que eles de divirtam no Natal”.
Amorim também abordou os desafios que encontrou ao iniciar a sua jornada no clube da Premier League. “É difícil porque estamos habituados a uma coisa e depois quando chegamos a outro clube, ainda não há aquele trabalho de base. Depois o plantel foi feito para outro estilo de jogo e sistema… Há certos jogadores que estão ali sozinhos na sua posição e nós temos de ir descobrindo jogadores para certas posições. Depois é difícil encontrar um onze perfeito, ou base, quando ainda não conhecemos muito bem os jogadores. Há a parte estratégica do jogo, mas depois falta a parte da base, devíamos deixar uma base para se trabalhar e ter coesão diferente. Mas se vamos trabalhar essa base, vamos perder o resto dos jogadores. Portanto, é um equilíbrio muito difícil de se fazer, que nós estamos a tentar fazer e a tentar ganhar jogos ao mesmo tempo. Torna tudo mais complicado, mas tem sido uma experiência muito boa, como treinador, num mês. Aquilo que já aprendemos e crescemos num mês é muito importante”.
Sobre o seu estilo de liderança, Amorim destacou a importância de ser genuíno: “Nós não podemos ter uma liderança muito diferente da pessoa que nós somos, porque, se não, um dia vamo-nos cansar e depois vai soar tudo um bocadinho a falso. Portanto, eu tento manter-me o mais fiel possível a mim mesmo. Obviamente que eu sei separar as coisas. Acho que nasci com a capacidade de ser simples na mensagem, mas também assertivo. E, às vezes, eu já treinei ex-colegas meus e tive de tomar decisões difíceis. Isso, para mim, tornou-se, não diria fácil, mas faço-o sem qualquer problema porque sei que é o meu trabalho e não confundo as coisas. E, portanto, consigo ser a mesma pessoa e, quando chego ao trabalho, consigo fazer o meu papel sem qualquer problema”.